Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 30 de junho de 2025


Para passar um ribeiro descansou uma hora, e quando cobrou alento e começou o voo, viu-se na água e estremeceu, molhou ainda as asas, viu um corvo na sua própria imagem, um corvo negro que a perseguia silencioso, traiçoeiramente, que a ia talvez devorar... O que ela tinha sido e o que era!...

Cada vez se ouvia mais perto o latim dos padres; o coveiro viera occupar a posição que lhe competia; estreitou-se o circulo dos curiosos em volta da campa. A cruz parou junto dos degraus do tumulo; os padres abriram alas e as creanças encaminharam-se, por entre elles, para a borda da sepultura. O abbade molhou o hyssope na caldeira, para aspergir a cova.

Toda essa gente, que ahi se agglomera ás portas, estende para o camaroteiro uma nota, offerece-lhe dinheiro, tão rica está toda a gente! E, pensando n'isto e na anecdota, continuei a dizer com os meus botões: ... Salvo se o ultimo portuguez que tivesse juizo tambem molhou a cabeça na pôça d'agua! Mas no domingo fui passeiar á Avenida como para procurar a contra-prova do espectaculo da vespera.

O cavalheiro de Mafra mal correu a vista em redor de si. Sentou-se deante do bofete da sala grande, molhou a penna na tinta grossa da escrevaninha, e começou machinalmente a traçar linhas e dezenhos informes em um papel.

Chegando ao ponto em que uma fita preta, intercalada nas folhas, punha uma especie de signal, o novo personagem, fez saltar a mola de um tinteiro em fórma de caixa, pegou de uma penna de pato, que molhou n'esse tinteiro, e começou escrevendo vertiginosamente. Ao passo, porém, que a penna ia traçando as palavras, estas iam-se apagando rapidamente; retomando o papel a sua brancura immaculada.

Nessa noite o estancieiro sonhou que ele era ele mesmo, mil vezes e que tinha mil filhos e mil negrinhos, mil cavalos baios e mil vezes mil onças de ouro... e que tudo isto cabia folgado dentro de um formigueiro pequeno... Caiu a serenada silenciosa e molhou os pastos, as asas dos pássaros e a casca das frutas. Passou a noite de Deus e veio a manhã e o sol encoberto.

Antonio Nobre tambem molhou a sua sôpa no capêllo que encima o zingamôcho do cathedratico zangaralhão: Ó Pedro da minh'alma! meu amigo! Que feliz sou, bom velho, em estudar comtigo! Mal diria eu em pequenito, quando a ama, Para eu me callar, vinha fazer-me susto á cama Por ti chamava: Pedro! e eu socegava logo, Que eras tu o Papão!

Dorme o teu somno, coração liberto, Dorme na mão de Deus eternamente! Um monge christão escreveria isto. E Anthero de Quental nem é christão, nem crê em Deus, nem na Virgem, segundo o sentido ordinario da palavra crer. Blasphemar era bom n'outros tempos; para a ironia tambem a idade passou; finalmente para o exercicio litterario nunca se inclinou a penna que o poeta molhou sempre no seu sangue.

Consolar-nos-hemos eu e ella, orando por ti. Ámanhã partirás. Tua mãe ordena. Affonso, ao despedir-se de sua mãe, teve a intuição de que a não veria mais. A maior agonia da sua vida, até áquelle momento, foi essa. Ajoelhou-se a beijar-lhe as mãos, que molhou de lagrimas. E ella abençoou-o serenamente, com os olhos no crucifixo do seu oratorio.

Depois ergueu-se, molhou o dedo nos santos oleos: murmurando as expressões penitentes do ritual ungiu os olhos, o peito, a boca, as mãos que ha dez annos se moviam para chegar a escarradeira, e as plantas dos pés que ha dez annos se applicavam a buscar o calor da botija. E depois de queimar as bolinhas de algodão humidas de oleo, ajoelhou-se, ficou immovel, com os olhos postos no Breviario.

Palavra Do Dia

avista-os

Outros Procurando