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D'entre as suas mais assiduas confessadas distinguia-se, pelo ameno rosto e fervorosa devoção, uma joven mulatinha, filha d'um fazendeiro da comarca de Chaves. Era um primor, a Maricota, requestada por muitas leguas em torno, na cálida terra marajoara, onde o amor bebe roborantes philtros aperitivos, na doce emanação das gordas pastagens restolhadas.
E a Maricota, levantando-se de ao pé do noivo, acercou-se da familia e: Penso, explicou, que por ser hoje dia de Natal, o sr. padre bem poderia obter para mim a graça de ficar sempre «virgem antes do parto, no parto e depois do parto»...
Para o vaqueiro, esse instante era o mais feliz da vida. Pulava-lhe o coração desencontrado no peito arfante, rebrilhavam-lhe as pupillas, que reflectiam a imagem, sempre meiga e adorada, da sua querida Maricota.
Ninguém mais attenta do que ella aos deveres do culto catholico e ao cumprimento de suas obrigações domesticas: «rapariga da ponta», consagrava-a a opinião da comarca, pelo orgão competentissimo do conspicuo juiz de direito. Quando chegou dezembro, Maricota combinara com o vaqueiro Antonio, seu namorado de infancia, que a fosse pedir em casamento no dia de Natal.
E do lado dos estabulos, era um retintim jovial de cavaquinhos e violas, o ardente sapateio das danças campesinas. Toda a familia da Maricota, sentada no copiar em derredor da secular mangueira frondosa da esquerda, palestrava contente, ouvindo as boas chalaças inoffensivas do sacerdote. Os dois noivos noivos desde meia hora antes conversavam a alguns passos de distancia do grupo principal.
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