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Atualizado: 24 de junho de 2025
Gentil Senhora, se a Fortuna imiga, Que contra mi com todo o Ceo conspira, Os olhos meus de ver os vossos tira, Porque em mais graves casos me persiga; Comigo levo esta alma, que se obriga Na mor pressa de mar, de fogo, e d'íra, A dar-vos a memoria, que suspira Só por fazer comvosco eterna liga.
Nas naos estar ſe deyxa vagaroſo, Atê ver o que o tempo lhe deſcobre, Que não ſe fia ja do cobiçoſo Regedor corrompido, & poauco nobre. Veja agora o juyzo curioſo Quanto no rico, aſsi como no pobre Pode o vil intereſſe & ſede imiga Do dinheyro, que a tudo nos obriga.
Se queres derribar minha ventura, Que delles estar vejo pendurada, Acabarei de ver quão pouca tenho, Pois donde a matar vim a morrer venho. Como do rôgo meu não te aproveitas, Quando o teu risco a me rogar te obriga? Ou não conheces bem a quem engeitas, Ou m'engeitas por mais que seja e diga. Em que cuidas, Senhora? ou que suspeitas? Mais proprio era chamar-te dura imiga.
Tudo, emfim, faz mudança Quanto o claro sol vê, quanto allumia; Não se acha segurança Em tudo quanto alegra o bello dia: Mudão-se as condições, muda-se a idade, A bonança, os estados e a vontade. Somente a minha imiga A dura condição nunca mudou; Para que o mundo diga Que nella lei tão certa se quebrou: Em não ver-me ella só sempre está firme, Ou por fugir d'Amor, ou por fugir-me.
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