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Atualizado: 3 de junho de 2025


Cortámos uma porção de matto; e alli nos sepultámos, collados como sardinhas n'uma caixa, todos quatro, o barão, John, eu e Umbopa, porque Venvogel, como Hottentote, não sentia os ardores do sol. Foi elle que nos cobriu de matto.

Da paciencia, da fidelidade, da coragem dos serviçaes poderiam muitas vezes depender as nossas pobres vidas n'esta aventura sem igual. O Hottentote eu conhecia. Era um dos melhores «farejadores de caça» de toda a Africa. Ninguem mais rijo nem mais resistente. O seu defeito sério consistia na bebida.

Finalmente tendo-os deixado lado a lado, o altivo fidalgo d'outras eras e o pobre servo hottentote, a passar a sua eterna vigilia entre essas eternas neves, sahimos da caverna para a luz esplendida e retomámos em fila o nosso triste caminho, pensando que bem cedo estariamos como elles, gelados e hirtos, n'um barranco da serra.

Frio intenso. Cada um de nós bebe uma gota de cognac. Para dormir amontoamo-nos uns sobre os outros: nem assim conservamos calor. Estamos verdadeiramente soffrendo de fome. Julguei que Venvogel, o nosso Hottentote, ia morrer esta noite». Tudo isto é terrivel. Mas o seguinte apontamento, datado de 23 de maio, recorda soffrimentos mais vivos: «Estamos n'uma situação medonha.

A Patagonia opéra sobre o Intellecto como Vichy sobre o figado desobstruindo-o, e permittindo-lhe o são exercicio da funcção natural. Depois de dois annos de vida selvagem, entre o Hottentote movendo-se na plenitude logica do Instincto, que restará ao civilisado de todas as suas idéas sobre o Progresso, a Moral, a Religião, a Industria, a Economia Politica, a Sociedade e a Arte? Farrapos.

No emtanto Venvogel, o Hottentote, continuava a farejar, com as ventas erguidas e abertas: Eu sinto o cheiro d'agua, patrão. Sinto-a no ar! No ar não duvido. Ha agua que farte nas nuvens! Tambem não duvido que venha a cahir. Mas ha de ser para nos lavar os esqueletos!

A claridade ia crescendo; e quando assim estavamos, lançando conjecturas, n'esta terrivel anciedade reparei que o nosso Hottentote Venvogel andava a distancia, com os olhos no chão, lentamente, como quem procura um rasto... De repente parou, soltou um grito, com o braço espetado para a terra. Que é? exclamámos todos. E corremos alvoroçadamente.

Um pouco antes da madrugada, Venvogel, o nosso pobre Hottentote, cujos dentes toda a noite tinham batido como castanholas, chamou baixo por mim, deu um pequeno suspiro, e ficou profundamente socegado, como se tivesse adormecido. As costas d'elle pousavam contra as minhas costas. Pareceu-me que as sentia pouco a pouco arrefecer.

Uma luz mais viva e fixa estendeu para dentro a sua brancura e olhando então para traz descobri que o pobre Hottentote estava morto! Decerto morrera quando o ouvi suspirar. Pobre Venvogel! Não admirava que lhe tivesse sentido as costas cada vez mais frias, mais frias... A sua miseria findára.

a areia ondulando, com manchas de matagal. Démos a volta toda ao singular outeiro onde pararamos de noite. Avançámos para os lados, em todas as direcções do vento, com attentos e lentos passos, e olhos sôfregos que furavam a terra. Nada! Nenhum vestigio d'uma nascente, d'uma poça, d'um charco. areia, arido tojo. Idiota! gritei eu desesperado com o Hottentote. Não ha, nunca houve aqui agua!

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