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Atualizado: 22 de outubro de 2025


Eu contava então uns decrepitos vinte e nove annos, e conhecia varios acontecimentos impudicos, por exemplo, aquelle da D. Hermenigilda d'Amarante, que eu exhibi ás lagrimas do publico sensivel nas Scenas da Foz.

Vieram depois os imitadores, sem critica nem gosto, e asnearam de modo que venceram o passo que vai do sublime ao ridiculo. «Escreve , Bento de Castro. «Nos meus sonhos, tenho visto muitas vezes uma visão vestida de nuvens coradas de luz, calçada de estrellas, coroada com o arco iris, sentada na lua, com o sol engastado no peito, e o globo terraqueo a seus pés. Ereis vós, Hermenigilda!

Um meu amigo visitava esta familia, e d'ella soube eu que o snr. Pantaleão era senhor de casa vinculada, e a snr.ª D. Amalia tambem era morgada, e a snr.ª D Hermenigilda, por consequencia, uma opulenta herdeira. Soube mais que o snr. Pantaleão remontava a sua fidalguia a uma personagem importante na dynastia goda, e não me recordo bem se era Athanaulfo, ou Roderico.

Podeis fallar-me? disse elle, improvisando com as mãos um ridiculo porta-voz. Ella fez-se desentendida, e o meu amigo levantou nota e meia á pergunta: Se podeis fallar-me... Hermenigilda não respondeu ainda, e Castro ia de certo interrogal-a com toda a franqueza dos seus pulmões, quando viu, ao fundo da salêta, reluzirem os olhos do preto, como duas carochas em carvoeira.

Pois, senhores, esta D. Mafalda, vindo visitar a perna gotosa de seu primo, reparou na nutrição de Hermenigilda, e fez uma carêta de pessoa que sabe de sciencia certa o que são legitimas nutrições, e quando o alargamento dos tecidos, accumulados n'uma região, com detrimento d'outras, é uma pseudo-gordura.

Remediado com a do boticario da terra, que fizera uma para assistir ás exequias de D. João VI, o meu amigo, n'esse mesmo dia, ás quatro horas da tarde, procurou Pantaleão, com o fim tres vezes honesto de lhe pedir sua filha. Quando, porém, entrava no pateo, olhou machinalmente para dentro d'um postigo d'uma casa terrea, e viu Hermenigilda sentada n'uma caixa de pau de pinho, comendo figos.

A menina Hermenigilda tinha cara de seraphim de côro d'aldeia: gorda e vermelha, cheia de vida estupida, olhos grandes como bogalhos, dentes anarchicos mas brancos como o seu nedio pescoço, braço rico de tecidos cellulares, rendilhado de tumidas veias vermelhas, onde borbulhava o sangue cruorico de felicissimas digestões de cabeça de porco com feijão branco.

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