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Atualizado: 27 de junho de 2025
O homem póde bater na mulher, mas acaba por ser batido por ella, logicamente. E o defeito da Fininha, o seu gosto pela dança, não era d'aquelles defeitos que compromettem a honra dos maridos. A mulher do Barradas d'Esmoriz, essa sim, servia-se da dança para chegar a certos fins illegitimos. Mas a Fininha gostava da dança pela dança, sem segundas vistas.
E a Fininha, a respeito da mulher do Barradas, dizia-lhe muitas vezes: O que eu vejo é que as que se portam peior não ficam nunca sentadas! Por isso mesmo... respondia o Barros. Por isso mesmo!? Então na sociedade todas as distincções devem ser para quem menos as merece!? Que premio destinam então os homens ás mulheres honestas?! O Barros embuchava. Lá está o raio da logica!... pensava elle.
E a Victoria, vá d'entristecer, já por vezes a encontrava sentada no pateo, na ansiosa espera d'uma esmola de pão... Uma manhã linda manhã que ella era! na villa muito alegre, muito branca, passava um bello ar de dia festivo. Manhã domingueira. O sol, nada quente, no rigor do inverno. Da serra da Estrella vinha uma reverberação de neve immaculada e uma aragem fininha, aguda, que fazia bem.
O Barros desculpava-se: que o Lemos era um trunfo politico, por ter em Lisboa um genro que fôra ministro tres vezes, e que se lhe dançavam com a mulher era para fazer a bôca doce a elle e a ella, por causa do genro; quanto á mulher do Barradas, «bem sabes tu, Fininha, o motivo porque ella dança sempre... á custa da reputação do marido.» D. Serafina não se dava por convencida.
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