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Atualizado: 10 de junho de 2025
Louvado seja o Senhor, sou forte; posso e quero trabalhar, por isso não serei pesada a ninguem. Deixai-nos, senhora, chorar em paz a perda da nossa bemfeitora, que, logo que o seu corpo saia d'esta casa, não vos pediremos asylo. Esta linguagem, firme e digna, impoz silencio a D. Euzebia, que ficou corrida de vergonha.
Bem certa estava eu, disse ella que esta velhaca havia de ter empalmado alguma cousa. Ah! se eu não viesse logo... o que teria acontecido. Examinai, senhor escrivão, o que é que ahi existe. O escrivão tirou da caixa um magnifico vestido, que, a julgar pelo tamanho, não pertencia de certo a Rosa. Dize velhaca, tornou D. Euzebia como é que este vestido veio aqui parar?
A snr.^a Maria da Gandra era uma boa e caridosa mulher, que, como todos os moradores de S. Cosme, e seus arredores, estimava muito a protegida de D. Thereza, e censurára o procedimento de D. Euzebia. Oh! Rosinha, foi Deus que te dirigiu para minha casa lhe disse ella logo que a avistou. Que prazer me não causa teres procurado a minha casa para te recolheres.
Finalmente, pelos cuidados e protecção do juiz eleito, Rosa e sua avó, apesar de todos os obstaculos e vontade de D. Euzebia, receberam tudo o que lhes pertencia, e deixaram sem maior desgosto a casa, de que a mais cruel e mais requintada avareza as expulsava. Estamos no anno seguinte.
Oh! senhora respondeu Rosa com muita tristeza a esta supposição offensiva acreditaes que pagasse com o roubo os beneficios, que eu e minha avó recebemos da snr.ª D. Thereza? O juiz eleito ordenou com brandura a Rosa que se calasse, para que D. Euzebia não continuasse, diante d'um leito de morte, com uma discussão tão vergonhosa, e feia.
Ao principio não se ouviam mais que os chóros de todos os criados da quinta, mas em seguida uma voz forte e imperiosa se fez escutar. Era a de D. Euzebia. Collocou uma pessoa junto do cadaver de sua irmã, deu as ordens para os funeraes, e passou a inspeccionar as caixas e commodas, que fechava com cuidado, guardando as chaves.
Finalmente, pelos cuidados e protecção do juiz eleito, Rosa e sua avó, apesar de todos os obstaculos e vontade de D. Euzebia, receberam tudo o que lhes pertencia, e deixaram sem maior desgosto a casa, de que a mais cruel e mais requintada avareza as expulsava. Estamos no anno seguinte.
Foste feliz, Rosinha, em que fossem compradas em teu nome, porque d'outra maneira D. Euzebia tomaria posse d'ellas. Tem resignação, assim como vós, minha boa velhinha; vinde cear, que eu depois vou-vos conduzir ao vosso quarto. Rosa e sua avó ficaram portanto habitando na Gandra.
Tudo se passou sem novidade; só de quando em quando D. Euzebia mostrava por gestos e exclamações o seu desapontamento por encontrar menos dinheiro, do que imaginava. Quando se abriu a caixa, que pertencia a Rosa, não foi uma exclamação de surpreza, que D. Euzebia soltou, mas sim de raiva, na qual se divisava um accento de triumpho.
Assim que teve noticia da doença de sua irmã poz-se logo a caminho, não por amisade que tivesse á moribunda, mas sim para vigiar que lhe não roubassem a mais pequena parte da sua herança. Logo que D. Euzebia chegou a S. Cosme, tomou o governo da casa, e deu ordens como se já estivesse senhora da herança.
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