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Atualizado: 23 de junho de 2025
Depois que o Principe D. Affonso Anriques tornou de ganhar Leiria, e Torres Novas, esteve em Coimbra alguns dias, e vendo que tinha suas terras, e Fortalezas mui providas, e postas em ordem do que lhe compria, e tambem que de Castella estava seguro de guerra por algumas rezões que a Estoria não declara, consirando elle, que não devia, nem podia milhor empregar o bem, e honra que seu pai, e elle ganháram, que em serviço de nosso Senhor de cuja mão a tinham récebido, e como não havia então nhum serviço de Deos mais necessario em Espanha occupada de Mouros, que serem guerreados, e lançados fóra della, segundo fora sempre seu proposito, e vontade, houve conselho com os seus de fazer guerra nas terras de Alentejo especialmente na Comarca do Campo Dourique, e esto por duas rezões, a primeira, porque a terra era mui povoada, e de poucas Fortalezas, em que os seus haveriam assaz mantimentos, e prezas; a segunda, e principal porque se El-Rei Ismar, que regia em Espanha toda a maior parte dos Mouros contra Ponente, viesse a peleijar com elle, e dando-lhe Deos delle o vencimento que esperava, toda a terra que se chama Estremadura, que era sob seu senhorio, não haveria poder de se lhe defender, e o Princepe D. Affonso tinha que iria acompanhado de tão boa gente, que era bastante para peleijar com elle.
Depois de feito o cazamento acima dito, veio o nobre Rei adoecer logo ao anno seguinte, e faleceo dessa doença o Excellente Principe mui manhanimo igual a qualquer dos mui excellentes antigos em valentia de forças, e coração mui grande, nem que na Christandade houve outro, antes, nem depois delle mais temido dos Mouros, cujos mui notaveis feitos não é duvida acharem-se muito menos postos em escrito, do que foram por obra, ora fosse por culpa dos tempos, ora por mingoa dos Escritores, segundo em alguns passos dessa sua Estoria se pode assás comprehender, porque em ella se não faz menção de muitas cousas assinadas de sua pessoa, nem dos seus, assi como de D. Gualdino Paes, que foi Mestre do Templo de Christo, em Portugal, e fez o Castello de Thomar, e outras Fortalezas, e servio grandemente em seu tempo.
E porque nestas desavenças delRei, e de seu filho ouve, e se passaraõ muitas, e mui largas couzas, que seriaõ mui longas pera escrever, eu dellas soomente apurarei brevemente has principaaes, e has que pera esta Estoria mais necessarias me parecerem.
Mas ora deixará a Estoria de falar do Ifante D. Sancho, que ficou em Beja mui temido dos Mouros de toda aquella terra, e contará de uma entrada que El-Rei Guami Mouro, e um seu irmão fizeram em Portugal, e como foi desbaratado, e prezo em Porto de Mós, por um Cavalleiro, que havia nome D. Fuas Roupinho.
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