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Atualizado: 2 de maio de 2025
Elle não era, como já dissémos, um escriptor de officio, que de proposito exacerbasse e cultivasse em si proprio o desespero e as lagrimas, para as transformar em rhetorica livresca; não tinha tambem um vão amor de gloria indesculpavel em quem sondava com tão penetrante e lucido olhar o vasio de todas essas chimeras, a ephemera duração de tudo que é da terra...
A politica portugueza estava então n'um periodo agitado, que tornava ephemera a vida dos ministerios, e as origens revolucionarias do movimento popular de 1868 deram ás luctas da politica um caracter de ardor e de enthusiasmo que não era decerto o mais conveniente para tornar friamente reflexiva a cabeça de um homem novo.
Em momentos sagrados, d'estes que serão um eterno segredo entre o artista que sente e o Deus que o inspira, ou antes em momentos em que o artista se sente um deus, isto é, um Creador, e em que o elemento divino, de que o seu genio é a revelação suprema, o levanta acima de si proprio e da sua pobre existencia ephemera, fugitiva, mortal, o grande artista, que havia em Oliveira Martins, vivia seculos de gozo extenuante, de volupia ideal incomparavel...
Quanto melhor não fôra que tivesse tratado simples e puramente da sua viagem no interior d'este continente? deixasse viver em paz os pobres traficantes? não tratasse tanto de uma ephemera superioridade, que hoje eleva para amanhã abater? e finalmente tratasse mais da Biblia, como palavra descida do céo...
O seu coração, viuvo do amor de Ricarda, vestiu lucto um anno. O choque fôra muito forte, para que a mais robusta organisação se não resentisse, longo tempo. A convivencia, com homens que não conheciam os precedentes da sua mysantropia, não a procurava. Vivia só, com seu pae, e com seu filho. Recordava a ephemera felicidade de alguns dias, rematados por uma hora de sangue.
Pois foi assim: Das Cartas d'Ecco e Narciso, sahiu, como de flôr ephemera um fructo, o Amor e Melancolia, este Amor e Melancolia, que já não era um devaneio e um canto, mas sim registo disfarçado de uma historia do coração: lacrimæ rerum. Tres annos havia que tinham apparecido pela primeira vez as Cartas d'Ecco; e dois os poemetos da Primavera.
Esse encanto desfaz-se breve, essa visão encantadora é ephemera, e o que fica depois é a realidade triste das coisas terrenas, a lucta, a batalha da vida, sangrenta e contínua, cheia de amarguras e desalentos, para os quaes a idéa da morte é como um doce raio de sol, ambicionado e querido.
Talvez que no seu sangue toda a podridão d'uma raça; mas a mocidade é uma especie de azougue, capaz de fazer erguer um morto, dando-lhe uma vida ephemera. Pois se elle é tão novo!...
Quanto ao que respeita a Hamlet e á sua frivola amisade, considera-a como uma moda ephemera, um capricho dos sentidos, uma violeta da primavera, precoce mas passageira, suave mas fenecendo ao desabrochar, e cujo perfume dura um minuto apenas. Só um minuto?
Portanto, não a espantou em excesso a apparição do monge, depois de uma vida consagrada ao prazer, que lhe dera o tédio sem lhe dar a felicidade. Só um momento, durante esses vinte annos de embriaguez hyper-aguda, ella conhecêra a ephemera felicidade de amar. As lagrimas que chorou tinham tido para a pobre um sabor acre e doce ao mesmo tempo.
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