Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 2 de maio de 2025


O outro continha uma collecção de pensamentos, de maximas, de versos, de desenhos, de aquarellas, firmados por muitos nomes diversos. Eu devorava com os olhos o conteúdo de cada lauda. Não ousára perguntar á condessa o nome do seu amante. Comprehendia que a bocca d'ella nunca mais poderia pronuncial-o, e não obstante, eu precisava de sabel-o, de ver letra d'elle.

Quando, á noite, Bertha se retirou emfim ao seu antigo quarto, havia satisfeito a sêde de affectos e de saudades, que a devorava, ao chegar. O coração batia-lhe com o rithmo normal, habituára-se de novo a sua sensibilidade aos objectos que lhe foram familiares na infancia; da impressão que o primeiro olhar que lançou sobre elles lhe produzira, nem indicios restavam.

Eu devorava, d'olho avido, esses monumentos da Antiguidade asiatica, n'uma curiosidade de conhecer as impenetraveis classes que os habitam, o principio das Instituições, a significação dos Cultos, o espirito das suas letras, a grammatica, o dogma, a estranha vida interior d'um cerebro de letrado chinez... Mas esse mundo é inviolavel como um Santuario...

Não tinha elle sido sempre pontual em vir ministrar ao seu coração o alento de que tanto necessitava para não desesperar de viver? Que significavam tres mezes de constantes provas de amôr, de tantas promessas e juramentos que no auge da sua paixão, elle lhe fizera, traduzindo no olhar incendiado todo o fogo que lhe devorava o peito?...

Desçamos aos fins do seculo XVIII, quando a incredulidade corria como lava ardente pela face da Europa, e devorava as crenças mais sanctas e legitimas em milhares de corações. Vacillou, acaso, por isso a critica dos homens probos e pios nos seus principios de severidade? No meio de tantas ruinas, quizeram elles salvar com os restos do edificio a sua falsa miragem?

Com que delícia se sentou na relva, com as pernas abertas, e entre elas, a ave loura, que rescendia, e o vinho côr de ámbar! Ah! Guannes fôra bom mordomo nem esquecera azeitonas. ¿Mas, porque trouxera êle, para três convivas, duas garrafas? Rasgou uma asa do capão: devorava a grandes dentadas. A tarde descia, pensativa e doce, com nuvemsinhas côr de rosa.

Que saudades eu tenho do nosso tempo de collegio! d'aquelles bons serões, que passavamos juntas, quando todas estavam adormecidas, emquanto nós deixavamos divagar a nossa imaginação por todos os assumptos, por todos os sonhos, por todas as phantasias d'este mundo! como eu tenho impressa na memoria a tua palavra eloquente e colorida, e a audacia com que tu, com a superioridade da tua intelligencia, julgavas tudo e te arrojavas aos devaneios mais longos, chegando a assustares-me a mim, pobre criança, timida e fragil, que não ousava seguir-te nos teus vôos, e que ficava, pallida, vendo-te pairar por esses espaços desconhecidos, e contemplando na chamma da tua pupilla um reflexo do fogo intimo, que te devorava.

O outro despedaçava o veado; devorava, a grandes pedaços, a presa roubada, sem pensar no vencido, que prosseguia na retirada, devassando a penumbra com os seus olhos de oiro-esmeralda. O homem, a quem a vizinhança do leão aconselhava prudência, aconchegava-se cautelosamente no seu abrigo frondoso, mas sem terror, disposto para qualquer aventura.

Assim monologava o moço operario, de si para comsigo, sem outro alento que não fosse uma paixão profunda, ardente, vulcanica. Sobre a espaçosa fronte cahira-lhe o cabello n'um singular desalinho. Os braços, crusados ao longo da mesa, bem patenteavam a afflicçao que n'aquelle momento o devorava.

A dor que o devorava, parecia No mais intimo d'alma adormecida; A fronte macilenta e transtornada, Conservava-se altiva. Por mais forte, Mais acerbo que fosse o seu tormento, Não quizera humilhar-se na presença D'aquella multidão que o comtemplava. A companheira bella de infortunio, Não se atrevia a olhar.

Palavra Do Dia

destruir-lhe

Outros Procurando