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Atualizado: 14 de junho de 2025


A cada novo trecho cresciam os applausos; a impressão tornava-se geral no auditorio. E o quintanista Nascimento, com a vivaz reminiscencia de todos os moços, saltava de um canto a outro do poema recordando estrophes: Um dia... quando, não sei; fui vêr as gastas ruinas d'um velhissimo castello que ao desamparo encontrei, mas que, apesar de esquecido na solidão, era bello.

Ao passo que o parlamento alienava as sympathias de além-mar, molestava o melindre de D. Pedro com a ordem de regressar a Europa, a fim de, conforme os debates, completar a sua educação politica. Era o reconhecimento formal da ignorancia do principe. Sem apoio no povo nem na regencia, os decretos das côrtes ficavam ao desamparo no Brasil.

El-Rei e o Principe seu irmão, e a Rainha e Infantes, e outros muitos prelados e condes, e senhores do reino, partiram de Thomar para o mosteiro da Batalha no fim do mez d'Outubro, que era o termo, a que as gentes, para o saimento d'El-Rei, se haviam n'elle de ajuntar, e des-hi para as côrtes em Torres Novas, e por estas ceremonias de saimentos, que aos Reis e Princepes, depois de suas mortes, em suas reaes sepulturas se fazem, serem tão geraes e tão costumadas em Espanha e assim n'estes reinos de Portugal, que pela mór parte todos hão d'ellas noticias e informação: por fugir o vicio e avorrecimento da proloxidade, a mim pareceu escusado descreve-lo aqui particularmente, e sómente abaste brevemente saber que na pompa e cerimonias de suas exequias se guardou e cumpriu todo o que ao estado de um tão alto Principe em tal auto cumpria; e nos bureis e lutos dos corpos de todos, e nas lagrimas geraes de todolos olhos, e na commum tristeza de todolos rostos, em todo o reino claramente parecia quanto em sua vida era de todos amado, e a grande perda e desamparo que, por sua morte e pelo perder, todos recebiam.

E querendo na sua derradeira hora deixar-nos um testimunho deste seu arrependimento, vendo-se em tal desamparo, sem ter ninguem a seu lado, escreveo a Dom Francisco de Almeida, que na comarca de Lamego andava allistando gente, uma carta onde se lião estas memoraveis palavras: Emfim, acabarei a vida; e aqui verão todos que tão amante fui da minha patria, que não contente de morrer nella, quiz tambem morrer com ella.

Tantos outros meninos, ainda mais infelizes, orphãos de pae e mãe, que nada teem na Natureza, além do sol que os aquece, e do ar que respiram, e começam a conhecer tão cedo a dureza dos homens, obrigados, quasi desde que abrem os olhos, a procurar por si mesmos com que supram as necessidades, ainda tão mesquinhas, mas tão pesadas para nós! ¡Tantas viuvas sem protecção, em quem, sobre o desamparo e dôr perpétua da viuvez, accresceu verem os seus bens arrancados por crédores, e quantas vezes por ladrões, debaixo do nome de crédores! ¡Tantos obreiros atirando-se a trabalhos superiores ás suas forças, ou á sua creação, ou aos seus annos, para sustentarem, com o suor, a vida, que, n'esse mesmo suor, se lhes está derretendo e mirrando! ¡Tantos enfermos expirando á mingua, sem medico, sem tratamento, sem remedios, sem enfermeiros, sem alma viva que os console, que lhes suscite as ideias da Eternidade, e até sem um lençol que os amortalhe! ¡Tantos privados dos olhos, dos braços, e do uso dos sentidos mais preciosos, incapazes de trabalhar, arrojados para a borda dos caminhos, soffrendo dias inteiros os ardores do sol, as chuvas, os frios, e os ventos do inverno, considerados como monstros de outra especie pelos homens! ¡Tantos mendigos, emfim, sem lar, sem nada, nem um amigo, sósinhos em meio de tanto mundo!

Era uma casa vasta, de tres janellas, duas de peitos e uma sacada, cujas paredes abertas em partes conservavam ainda a par de largos pedaços das colgaduras de couro, que em melhores dias as tinham ornado, altos e grandes armarios de pau santo. Os tectos altos e enegrecidos e o pavimento carunchoso, gemendo e estalando com o peso dos passos, atestavam a velhice e o desamparo.

Póde ser que ainda lhe possamos acudir. Pelo facto de ser uma pobre mulher, bem que não a devemos deixar morrer ao desamparo. E dizendo estas palavras, tornou a entrar para dentro da casa da tia Marianna.

Saltaram de novo as lagrimas dos olhos da moça; e por entre soluços, estas palavras: Tenha paciencia. Não ha de morrer ao desamparo. Faça de conta que lhe appareceu hoje uma irmã. E, dizendo, tirou das amplas algibeiras um embrulho de biscoutos e uma garrafa de licor de canella, que depôz sobre a cadeira.

á botica pedir soccorros, disse o regedor, voltando se para o cabo geral, e que venham immediatamente; porquanto, esta mulher pelo facto de ser pobre, não devemos deixar morrer ao desamparo, ajuntou elle, secundando as palavras de Martha, e repetindo-as como se fossem suas proprias.

A aversão, o desprezo e o desamparo são o seu cortejo e com horror o escoltam; tomando por pureza a inanidade, arrogantes se afastam a tremer de macular o orgulho na miséria dum corpo pestilento de seus erros.

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