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Atualizado: 26 de junho de 2025
«Estavamos em Setembro, e eu já tinha entrouxado as malas para voltar a Coimbra. Fui despedir-me dos sitios, onde as horas me tinham sido mais tranquillas, na soledade. Velejei n'um barquinho rio acima, e aproei á ribanceira, d'onde se avistava o arruinado e já em parte desfigurado conventinho de extinctos franciscanos.
Tal és cidade, licenciosa ou serva! Outros louvem teus paços sumptuosos, Teu ouro, teu poder: sentina impura Da corrupção, eu não serei teu bardo! Cantor da solidão, eu me hei sentado Juncto do verde cespede do valle; E a paz de Deus do mundo me consola. Avulta aqui, e alveja, entre o arvoredo, Um pobre conventinho.
Correu o anno do noviciado ou da approvação de Agostinho Pimenta, como então se dizia, no conventinho de Santa Cruz da Serra de Cintra, do qual elle ao depois tomou o appellido na profissão, como deixou escripto: Nasci, e renasci na Casa em dia De Santa Cruz, da Cruz o nome tenho.
Tambem no coração de Agostinho Pimenta estava travado a essa hora o duello horrivel. Turvava-lhe a vista o Amor, suppondo Branca peccadora. A Verdade quizera poder leval-o pela mão a debruçar-se n'uma das janellas do conventinho de Cintra, mostrar-lhe as borboletas que doidejavam nas comas floridas, e perguntar-lhe se alguma d'ellas valia menos por ter doidejado mais.
Durante o noviciado, que principiou em 1560, Agostinho Pimenta parecia por vezes entrever nas suas visões monasticas a formosa imagem da aiasinha da infanta, e então era o descer da serra de Cintra e vir em cata d'essa visão, que o podia salvar antes que as portas do conventinho de Santa Cruz se fechassem eternamente sobre elle.
E sobre nós cahe nupcial a neve, Surda, em triumpho, petalas, de leve Juncando o chão, na acrópole de gelos... Em redor do teu vulto é como um veo! ¿Quem as esparze quanta flôr , do ceo, Sobre nós dois, sobre os nossos cabellos? E eis quanto resta do idyllio acabado, Primavera que durou um momento... Como vão longe as manhãs do convento! Do alegre conventinho abandonado...
O noviço do conventinho da serra de Cintra sollicitava da infanta viuva e de seu filho authorisação para professar. Jubilou com a noticia a côrte do infante: havia conseguido uma victoria. Só D. Branca de Noronha tregeitou quasi imperceptivelmente de desdem.
Avulta aqui, e alveja entre o arvoredo, Um pobre conventinho. Homem piedoso O alevantou ha seculos, passando, Como orvalho do céu, por este sitio, De virtudes depois tão rico e fertil.
Se quereis verdade ainda mais em cheio, e sem disfarces, nenhum de nós ambos se lembrava de pensar no futuro por esse lado; entre nós e o porvir material, mettia-se uma seve de affectos tão espessa, tão alta, e tão florída, que não nol-o deixava perceber. Era como o pinhal a cortinar o Oceano revolto de ante a vista do conventinho descançado.
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