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Atualizado: 14 de junho de 2025
Li no nonio 50° 10', e logo que registei a medida, comecei a horrorizar-me do que tinha feito. Um excesso de vaidade mal-cabida, o querer apresentar com a maior aproximação a altura da cataracta, acabava de me fazer commetter a maior imprudencia que commetti em tôda a viagem. Medir e triangular ali é difficilimo, e começa por faltar terreno onde se possa medir uma base com algum rigor.
Uma mulher que me julgava capaz d'isso! Era preciso abater esse amor orgulhoso, que crescia no meu peito. Que defeito tinha ella? A principio não vi nenhum... Fui procurando. Tinha, ás vezes, quando fallavamos em francez, erros de grammatica deliciosos. Comecei a achar ridiculo essa ignorancia. D'ahi passou para os vestidos, para o corpo, o peito chato, sem ancas... Tudo caiu.
«Eu ao principio fiquei completamente atordoada. Esta passagem repentina da luz para as trevas, do ar livre para um carcere estreito, produziu em mim uma impressão terrivel. Comtudo a pouco e pouco fui-me costumando e resignando. Comecei a distinguir alguns objectos n'aquella escuridão.
Apenas comecei a respirar o ar fresco da manhan nos olivaes, senti desaffogar-se-me alma d'aquella constricção cansada que se experimenta na longa visita a um museu de antiguidades, a uma galeria de pinturas.
Quando, pelo que senti, me vi forçado a abandonar esta crença, quando comecei a duvidar da minha immunidade, assustei-me e irritei-me contra mim mesmo por me achar fraco. Quiz luctar e vencer essa paixão que, a despeito da minha vontade, sentia occupar cada vez mais espaço no meu coração. Ai, Bertha, começou para mim uma lucta extenuadora; quanto mais resistia, tanto mais me sentia subjugado.
E pouco a pouco comecei a sentir de novo, junto de mim, o murmurio fresco do regato que corria, o ramalhar da verdura, pios d'aves, e toda uma sensação de paz, de sombra, de abundancia, que me fazia sorrir sósinho n'um immenso contentamento... Ao mesmo tempo tinha a certeza do deserto e da aridez que me envolvia. Creio na verdade que delirei!
Lucas filho morreu pouco tempo depois, mas ainda vive o pae, com tipographia na rua dos Calafates, e esse poderá dar testemunho de que é inteiramente exacta a minha narrativa. Comecei a escrever a Porta do Paraiso no Porto. A meio do romance, caiu-me em casa um despacho para a secretaria da Procuradoria Regia de Lisboa, e vim tomar posse do logar. Escrevi em Lisboa alguns capitulos da novella.
Apenas comecei a respirar o ar fresco da manhan nos olivaes, senti desaffogar-se-me alma d'aquella constricção cansada que se experimenta na longa visita a um museu de antiguidades, a uma galeria de pinturas.
N'esse dia, comecei a sentir povoar-se-me a soledade da vida, mas com outras dores, desesperanças novas. Nos primeiros mezes que passei n'aquella cidade, tinha lido e estudado desesperadamente; a meditação fôra o refugio do tedio, mas era como um abutre que me lacerava as entranhas.
Dos sete fardos de fazendas que me deixáram Capello e Ivens, quatro tinham sido gastos, com a sustentação da minha gente de Benguella e com a minha. Ainda não tinha dado presente ao sova, que teimava em m'o pedir, e comecei a ver um sombrio futuro na minha empresa. Reduzi as minhas despesas pessoaes, e por isso tive de dispor de duas horas por dia para caçar.
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