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A cada um que passava dizia o Christo de pedra: «Em vez de ter morrido n'uma cruz, por ti, antes tivesse pegado na lança que me abriu o peito, para com ella te rasgar os olhos da cara. Para deixar entrar claridade para dentro de ti pelos buracos dos teus olhos rasgados. «Tudo quanto eu te disse ficou escrito e é tudo ainda hoje tenho para te dizer.

Meu esqueleto De viva carne em flôr se revestiu: Assim o musgo cresce n'uma rocha, Diluindo-lhe as nitidas arestas, Sua bruta dureza enternecendo. "Nos buracos horriveis dos meus olhos Duas meninas, rindo, se debruçam: Duas formosas noivas radiosas... E no gélido vacuo do meu peito Fez-se um calor de sol; a Primavera Corre nas minhas veias, floresce Este barro de sombra que é meu corpo.

Pois sim; eu gosto de olhar pelo microscopio. A mãe. Este é magnifico, e augmenta prodigiosamente os objectos. Vaes ver a mais pequenina das minhas agulhas. Repara primeiro como é fina, lisa e brilhante... Agora olha; o que é que vês? A filha. Meu Deus, que coisa tão feia! que agulha tão grosseira! A mãe. Vês-lhe buracos, riscos, asperesas, não é verdade? A filha.

Esta chapeação não impede que as moendas sejão torneadas todos os annos, ou todos os dois annos; he preciso arrancar as chapas, e depois de torneado o madeiro, repregallas em outro lugar, tapando com tornos, os buracos, onde estiverão os pregos; por mais solido que elle seja, não póde resistir a tres, ou quatro operações destas, sem que fique fóra de serviço.

Quando, ao rumor, elle pesadamente se voltou todos emmudeceram ante a serenidade da sua face, mais branca que as brancas barbas, d'uma morta brancura de lapide, com os olhos resequidos e côr de braza, a latejar, a refulgir, como os dous buracos d'um forno. Com a mesma sinistra serenidade, tocou no hombro do velho Ramiro, que tremia arrimado ao seu chusso.

Os dedos curtos e cabelludos em cima não eram os dedos das mãos eram os dedos dos pulsos. A cabeça tinha a expressão de não estar bem cheia, mal-ageitada sobre os hombros subidos a susterem-lhe as faces inchadas com uma barba rala de ferrugem de prego torto no meio da estrada depois da chuva. O nariz soprado mettia mais pra dentro uns olhos escondidos como toupeiras nos buracos á espera da noite.

Havia ao longo da parede bichos pretos, feios e delgados, com uma grande quantidade de pernas. Iam e vinham em todo o sentido, entrando em pequenos buracos, d'onde sahiam logo depois. Adalberto olhava-os de revez, tendo tanto horror de os vêr como de os esborrachar.

Os passaros nocturnos, celebrando A Noite nos seus cantos agoireiros, Esvoaçavam de encontro áquelas orbitas Vasias, descarnadas: dois buracos Apagados de luz, sêcos de lagrimas, Sobre um aberto riso empedernido. E a Morte cavalgava a largo trote, Por um ermo caminho esbranquiçado, No arrepio da Noite e do Misterio...

Guardas a com clavinotes, espadas e terçados, e vultos mascarados, e com os habitos da Inquisição, rodeiavão as numerosas victimas, amarradas umas ás outras, de pés no chão, e ornadas as cabeças com capuzes negros manchados de flammas luminosas, que lhes cobrião as faces, permittindo-lhes apenas a vista por dous buracos rasgados.

A máquina de escrever, escancarada, com os buracos negros marcando as letras desarraigadas, era como uma bôca alvar e desdentada. O telefone parecia esborrachado, enrodilhado nas suas tripas de arame. Na trompa do fonógrafo, torta, esbeiçada, para sempre muda, fervilhavam carochas.

Palavra Do Dia

rivington

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