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62 "E se queres com pactos e alianças De paz e de amizade sacra e nua Comércio consentir das abastanças Das fazendas da terra sua e tua, Por que cresçam as rendas e abastanças, Por quem a gente mais trabalha e sua, De vossos Reinos, será certamente De ti proveito, o dele glória ingente.

Pasmado o outro anda mudo, Que tam sômente em provar Das cousas que i mais lhe aprazem, Ja começão de engeitar; Fartos pera arrebentar Sobre bons tapetes jazem. Sabia o maior da manha, Sabia a casa, e fogiu; Ó ratinho da montanha. Ós pés em pressa tamanha Ó coração lhe caiu. Ai baldias esperanças! Meu entendimento fraco! Que al temos das abastanças?

E tu fortuna imiga da razão e piedade com tua crueza assi o executaste; porque logo se viu o triste Infante sahir-se em Coimbra dos paços em que vivia, e sem algum resguardo de sua honra e estado, com medo da morte duvidosa, anda-la procurando certa pelas casas pobres e alheias, de maneira que fugindo crueza, parecia que a pedia avorrecendo piedade; vimos de seus filhos, D. James logo preso aparelhado para o cutello, e D. Pedro o maior fugido e desterrado em Castella, pedindo esmollas a quem fizera mercê, e outros por escapar suas vidas vimos ir escondidos e mudados por terras estranhas, encobrindo com habitos e sinaes de pobreza suas mui nobres pessoas, que o real e mui alto sangue de que descendiam, em honra, abastanças e estado criara; vimos logo seus amigos, criados e servidores, uns mortos e outros presos e desterrados, e todos de suas honras, favores, officios, beneficios, rendas e patrimonios sem alguma misericordia de todo privados.

E ſe queres com pactos, & lianças De paz, & de amizade ſacra, & nua, Comerçio conſentir das abundanças Das fazendas da terra ſua, & tua, Porque creção as rendas, & abaſtanças, Por quem a gente mais trabalha & ſua, De voſſos Reinos, ſera certamente De ti proueito, & delle gloria ingente.

O conde d'Ourem com a gente de Lisboa se aposentou dentro na villa, e os Infantes fóra em torno do castello, onde em chegando fizeram publico alardo com toda a gente, em que se acharam doze mil homens de peleja com muita artilharia, que logo foi assentada em ordenança de combate, de que os mais do castello tomáram grande desmaio; e porém ante d'algum cometimento, o Regente mandou outra vez por o dito Vasco Martinz requerer Gonçallo da Silveira que entregasse o castello e se tornasse para El-Rei que lhe faria muita mercê, e serviria seu officio d'escrivão da Puridade como o fôra seu pae, e que seu irmão seria acrecentado com outras abastanças e razões, de que Gonçalo da Silveira algum tanto vencido com prazer dos Infantes, tomou assento que o não combatessem por X dias, dentro dos quaes se a Rainha depois de ser requerida por elle, lhe não desse soccorro e ajuda com que bem se podessem defender que elle entregaria a fortaleza, e que se lh'o desse, que elle aquelle trabalho e outro maior soffreria até, morrer por seu serviço.

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