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A soberba e importantissima festa da Federação celebrou-se, no Campo de Marte, a 14 de julho de 1789. De todos os pontos da França accorreram mais de 60:000 homens com as bandeiras das suas respectivas provincias. As bandeiras foram abençoadas pelo bispo de Autan no altar da patria. Lafayette falou aos 60:000 delegados, em seu nome e em nome do exercito.

A revolução franceza, representante das forças e interesses da humanidade, herdeira não das aspirações e esperanças, mas tambem das dores e resentimentos de muitos seculos, saudada em 1789 com transportes de jubilo, em 1793 tinha convertido a innocencia do primeiro enthusiasmo nos accessos febris de um patriotismo sombrio, dando o espectaculo, novo e incrivel, dos maiores crimes a par dos rasgos mais heroicos, e das virtudes mais sublimes.

No seu bello e grandioso movimento de 1789, celebrava os seus triumphos revolucionarios com a festa da Federação, a maior festa que jámais concebeu o espirito de um povo. Na celebre convenção, havia um partido que podia não ser federal, mas que queria organisar as provincias francezas, por meio de um ponto commum, afim de resistir á tyrannia da assembléa de Paris.

Entretanto o Brazil, onde ficára governando o principe D. Pedro, que era o filho mais velho do rei, fazia-se independente. Antes d'elle tinham feito o mesmo as colonias visinhas que pertenciam á Hespanha, e cincoenta annos antes as que pertenciam á Inglaterra. No Brazil houvera duas tentativas de revolta, e ambas tinham sido afogadas em sangue, uma em 1789, outra em 1817. A final venceram. Accusam muito D. Pedro de se ter feito imperador do Brazil, e de se haver revoltado contra seu pae. Elle não se revoltou, mas podia fazer uma de duas cousas, ou ir com os brazileiros, ou pôr-se no andar da rua. Então esses figurões imaginavam que um paiz rico, grande e forte, está agora para receber ordens de outro mais pequeno, ou maior que elle seja, e que fica de mais a mais do outro lado do mar? Ora, historias da vida! e não se queixem d'isso.

A nossa posição singularmente favorecida n'este conflicto de interesses historicos, tendo tido a coragem de evolucionármos em nome da sciencia, e sob a influencia dos espiritos mais cultos da epocha, para o regimen da democracia pura, que melhor chamaremos do Direito Humano, inaugurado com a proclamação dos Direitos do Homem, em 1789; a excepcional ventura de conquistarmos para a sinceridade das nossas crenças a tolerancia dos nossos competidores, tudo isto concorreu para nos fortalecer no Ideal d'um novo Direito, d'uma Nova Justiça, d'uma Nova Moral, de que este livro é um modesto precursor no campo da poesia patria.

A nossa substancial e nunca desmentida tolerancia para com as crenças e as opiniões dos outros, derivada do Ideal de Justiça de 1789, que seguimos desde os bancos da Universidade com inquebrantavel e ininterrupta dedicação, e o quasi fanatico respeito pela inviolabilidade do lar, permittiram-nos estudar na vida intima d'aquellas familias illustres, a transformação profunda que se operou nas crenças, usos e costumes d'este povo, celebre entre os mais celebres da Historia.

Tinhamos então feito a nossa primeira viagem á França, sob o imperio da mais desenfreada corrupção politica dos ultimos tempos, na restauração do Imperio por Napoleão le petit e causou-nos indignação o que abservámos de perto na cidade santa de Direito Moderno, sobre a qual tinham raiado os inolvidaveis dias de 1789 e que fôra o theatro das primeiras e gigantescas batalhas do Povo, em nome do Direito Humano, contra os thronos colligados em nome do Direito Divino!...

Era certo, visivel e manifesto, que uma transformação da consciencia politica se havia operado e reclamava traducção consentanea nas leis e nos costumes. O congresso de Philadelphia, treze annos antes da revolução de 1789, em 1776, definira n'estes termos a nova crença: «Consideramos como evidentes por si as verdades seguintes Todos os homens são iguaes; possuem direitos inalienaveis.

Napoleão! que a Providencia parece haver lançado no meio das ruinas, a que a revolução de 1789 tinha reduzido a França, para levantar sobre os destroços do despotismo o dominio salutar e benefico da liberdade!

Vivien, diz que o fraccionamento operado em França, em 1789, a divisão por departamentos, arranjada por Sieyês, repousava sobre o capricho.

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