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Era por esse que deviamos caminhar, demandando o lado do ar. Aceitámos a idéa. E apalpando sempre a parede, não arriscando um passo sem tentear o sólo, seguimos n'esta nova e incerta aventura. Ao fim d'um quarto de hora de marcha lenta, esbarrámos n'um muro. Era outro tunnel transversal, por onde continuámos cosidos com o muro. Depois d'esse topámos outro, que o cruzava em angulo agudo.

De sorte que, depois de John descançar, de bebermos á farta d'aquella agua que era deliciosa, e de lavarmos a cara, deixámos as margens d'aquelle tenebroso rio, e retrocedemos ao comprido do tunnel, com John adiante, tiritando e pingando. Depois de andarmos um quarto de hora chegámos a outro tunnel, que se inclinava para a direita e parecia mais largo.

Sentámo-nos então todos tres na relva e vendo-nos fóra da funebre caverna, salvos, sãos, a respirar outra vez o ar da terra, a emoção foi tão forte que começámos a chorar de alegria. Seguramente fôra Deus misericordioso que nos guiára por aquelle tunnel, para aquelle buraco, que era a porta da Vida! E agora, a manhã que julgavamos nunca mais vêr, estava roseando o topo dos montes.

N'outros sitios cortada em zig-zags na rocha, contornava pavorosos precipicios, com parapeitos que a defendiam e formavam balcões sobre o abysmo. Mais adiante, perfurava um monte de rocha com um tunnel de trintas jardas. Nas paredes d'este tunnel corriam singulares relevos representando guerreiros com cotas de malha, que retesavam arcos, guiavam carros de combate.

Á luz que elle deu, vimos um pequeno espaço, onde se encontravam em angulo recto dois tunneis muito estreitos. O phosphoro morreu, queimando-me os dedos. E ficámos n'uma horrivel hesitação! Qual dos tunneis seguir? John então lembrou-se que a chamma do phosphoro se inclinára para a banda do tunnel da esquerda. Portanto o ar vinha pelo tunnel da direita.

Quartelmar! exclamou elle, agarrando-me convulsivamente o braço. Eu estou a delirar ou aquillo além é luz? Arregalámos desesperadamente os olhos. E com effeito, ao longe, ao fundo do tunnel, vimos uma pallida, vaga mancha de claridade, pouco maior do que um vidro de janella! Com outro alento de esperança estugamos o passo. Momentos depois toda a duvida cessára, deliciosamente.

E por fim uma exclamação do barão, que agarrára o nosso amigo pelas mãos, o puxára para dentro do tunnel, a escorrer. Irra! balbuciava John, offegando. Estive por um fio.

Era luz uma desmaiada mancha de luz! Tropeçavamos uns contra os outros na nossa anciedade. Mais viva, cada vez mais viva a luz! Por fim, um ar fresco bateu-nos a face!... Mas de repente o tunnel estreitou. Caminhamos curvados. Depois estreitou mais. Gatinhamos, de mãos no chão. E estreitou ainda, como uma toca de raposa. Fomos de rastos. Mas a rocha findára.

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