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Confessou-se, esteve todo o dia resando na egreja de S. João e preparou-se para partir. Todos os que a conheciam choravam. Á noite, quando fazia a sua pequena mala, mandou-me chamar, fechou a porta do quarto e entregou-me o seu testamento, para eu o deixar depositado em Malta, de sorte que D. Nicazio o recebesse á sua volta da Sicilia. Deixava-lhe tudo.

A senhora, que se chamava Carmen, era cubana, e segunda mulher de D. Nicazio; era alta, de fórmas magnificas, com uma carnação que fazia lembrar um marmore pallido, uns olhos pretos que pareciam setim negro coberto de agua, e cabellos annelados, abundantes, d'esses a que Beaudelaire chamava tenebrosos. Vestia de seda preta e com mantilha. Estavam em Gibraltar? perguntou Captain Rytmel.

O capitão teve um movimento colerico, mas ergueu-se e seguiu a hispanhola. Eu approximei-me da condessa. Quem é esta mulher? Que quer?... disse-me ella toda tremula. Eu soceguei-a e dirigi-me a D. Nicazio. Viu aquelle movimento de sua mulher? Vi.

Captain Rytmel depois do primeiro instante de surpreza, em que se fez pallido, apressou-se a ir apertar a mão a uma senhora, extremamente bella, que estava sentada ao d'aquelle homem guloso e expansivo, o qual era um hispanhol, negociante de sedas, e se chamava D. Nicazio Puebla.

D. Nicazio picou rapidamente o cavallo para mim, murmurou com uma voz suffocada: Quero subir para o elephante. Carmen não deve estar ; póde haver perigo... Fallei aos malaios, que desdobraram a estreita escada de bambu, por onde se sobe ao dorso dos elephantes. O Carnak dormia encruzado no vasto pescoço do animal.

Em Cadix, meu caro, disse D. Nicazio. Viemos hontem. Vamos a Malta. Volta para a India? Ah! Captain Rytmel, que saudade de Calcuttá! Lembra-se hein? Captain Rytmel disse sorrindo friamente Carmen esquece depressa, e bem! No emtanto nós olhámos curiosamente para Carmen Puebla. O conde achava-a sublime. Eu admirado tambem, disse á condessa: Que formosa creatura! Sim!

A condessa subira pelo braço de Captain Rytmel. D. Nicazio, esse, comia impassivelmente o seu queijo adornado de mostarda, de salada, de vinagre, de sal, de rabanos e d'um leve apimentado de Ceylão. Não sei como, fallou-se de mulheres, e de caracteres femininos.

Imagina que eu não preferiria aqui n'esta sombra encontrar alguem?... E D. Nicazio? Peça a D. Nicazio que lhe faça a côrte. Que lhe uma serenada, que suba por uma escada de corda, que a seduza n'este jardim... Emquanto eu fallava, davam horas na Igreja de S. João, e Carmen mostrava uma agitação impaciente.

O conde passeava no campo com mademoiselle Rize; lord Grenley fumava, cheio de tédio, o seu cachimbo de opio; eu jogava as armas com os officiaes inglezes; D. Nicazio negociava; Rytmel tinha um ar feliz e mysterioso; a condessa recebia, guiava os seus poneys, e todas as noites, no theatro, fazia reluzir ao gaz o louro esplendor dos seus cabellos e a pallidez preciosa das suas perolas. Santa paz!

A hispanhola no entanto, junto da amurada, fallava violentamente ao capitão Rytmel que a escutava frio, impassivel, com os olhos no chão. O conde subiu n'este momento. Outras senhoras vieram, os grupos formavam-se, começavam as leituras, as obras de costura, o jogo do boi... Eu approximei-me de D. Nicazio e disse-lhe sem lhe dar mais importancia: Então esta sua senhora dá-lhe desgostos?

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