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Assim vivem por muito tempo os marinheiros coitados e perdidos, De fomes, de tormentas quebrantados E do esperar comprido tão cansados, Quanto a desesperar compellidos; Corrupto e damnado o mantimento Damnoso e mau ao fraco corpo humano, E alem d'isso nenhum contentamento, Que sequer da esperança fosse engano. A tudo se resigna o marinheiro e vae

Se pola que te guardo te aborreço, Sabe que hum cego entendimento Ás amizades faz perder o preço. Eu te deixarei com teu tormento; Mas não sem dor de ver que tanto a peito Tomes hum tão damnoso pensamento. SOLISO. Outra he, certo, a razão, outro o respeito Que negar-te me fez o que pedias: Não creias que de ti tão mal suspeito.

Quando os olhos emprégo no passado, De quanto passei me acho arrependido; Vejo que tudo foi tempo perdido, Que tudo emprêgo foi mal empregado. Sempre no mais damnoso mais cuidado; Tudo o que mais cumpria, mal cumprido; De desenganos menos advertido Fui, quando de esperanças mais frustrado. Os castellos que erguia o pensamento, No ponto que mais altos os erguia, Por esse chão os via em hum momento.

Ja agora certo conheço Ser melhor todo tormento, Onde o arrependimento Se compra por justo preço. Enganou-me hum bom comêço; Mas o fim me diz agora Que o mal melhor me fôra. Quando hum bem he tão damnoso, Que sendo bem, cuidado, O damno fica obrigado A ser menos perigoso. Mas se a mi por desditoso, Co'o bem me foi mal, Senhora, Co'o vosso mal bem me fôra.

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