agrupar-se

Mas as cataratas jorravam mais copiosamente; um vento impetuoso sacudiu as árvores; as feras, inquietas, irromperam da sombra; a situação dos homens tornou-se lamentável. Os lobos tornaram a agrupar-se; no esconso da mata, tornou-se mais vivo o rir das grandes hienas. A aproximação da noite duplicou os ruídos de hostilidade, o odioso clamor das feras. Os orientais largaram a passo forçado.

J.-H. Rosny - Vamiré: Romance dos tempos primitivos

Alta noite, os seus olhos de assassinos Fosforêjam bravíos, réptilínos, Entre as sarças das velhas carvalheiras... Pelas trevas, ao som dos temporáis, Quando os ventos ululam nas florestas, Vão agrupar-se ás portas dos casáis, Afiando os mortíferos punháis, Coçando-os pelas mãos nervosas, lestas...

Acúrcio Correia da Silva - Dôr e Luz: (Versos de um seminarista)

A permanencia da côrte do autocrata romano no oriente foi, sem duvida, um golpe profundo na vida social e na riqueza da Italia, reduzida a um exarchado. Com o chefe supremo e a alta administração do Imperio, a pouco e pouco devem ter emigrado para Constantinopla as melhores forças vivas e os mais valiosos elementos sociaes, que tendem sempre a agrupar-se em torno do poder central.

Augusto Fuschini - A architectura religiosa na Edade Média

Em torno do venerando moralista e brilhante poeta começaram a agrupar-se, quer pela communhão de idêas, quer pelas relações pessoaes, os espiritos esclarecidos do tempo, como Ferreira, Diogo Bernardes, D. Manuel de Portugal, Francisco de Sá e Menezes, Pero de Andrade Caminha e outros. Soccorriam-se á sua experiencia, consultavam-o, ouviam-o e submettiam-lhe as suas producções.

Décio Carneiro - Sá de Miranda e a sua Obra

Tão sabio legislador, como prudente administrador, e audaz guerreiro, Chibitano soube dar união aos povos conquistados, e fazer com que elles se considerassem irmãos no interesse commum. Estes podiam agrupar-se em três divisões, marcando três raças distinctas.

Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto - Como eu atravessei Àfrica do Atlantico ao mar Indico, volume segundo

Ha noivos que fogem de ir ouvir os banhos para o seu casamento, porque, se os ouvem, ou não casam ou morrem. Diz-se que quem cáe de cama ao domingo, nunca mais se levanta. No campo, em os martyrios de um jardim dando muita flôr, julga-se breve a morte do dono da casa. Na existencia de alguns parecem agrupar-se maliciosamente os presagios.

Júlio César Machado - Da Loucura e das Manias em Portugal