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Atualizado: 21 de maio de 2025
Ludovina voltára as costas ao berreiro virulento de João José Dias. Entrou no quarto de sua mãe, que não resurgira ainda do torpor febril. A creada, que lhe assistia, entregou á baroneza uma carta, sobrescriptada a D. Angelica. Era-lhe conhecida a letra de Antonio de Almeida. Alvoroçada com a aprazivel certeza de que Almeida vivia, Ludovina abriu a carta sem reflectir.
A carta, que escrevera, era sobrescriptada á baroneza; da qual carta se dá o texto viciado com as perdoaveis infidelidades da correcção ortographica: «Ludovina, quando receberes esta, teu infeliz esposo já não está no Porto!!!! Vou por esses mundos de Christo penar o meu crime, até que o remorso dê cabo de mim!!!! que não tardará!! Fica n'esta casa, que é tua, minha amada Ludovina; para mim me basta um bocado de terra onde enterrar os meus ossos!!! Quando souberes o meu triste fim então perdoarás a teu infeliz e desgraçado marido!! Fui já pedir perdão ao Antonio de Almeida, e oxalá que eu morresse ao pé d'elle.
Poucos passos andados, depois que saiu do Mosteiro, encontrou Augusto a distribuidora das cartas, que lhe entregou uma sobrescriptada para elle. Era de Angelo. Augusto abriu-a immediatamente e leu-a ainda pelo caminho. Era uma extensa carta, em que se succediam os periodos em um d'esses longos, incoherentes e diffusos arrazoados, que constituem a essencia de uma carta de amigo para amigo.
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