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Atualizado: 21 de junho de 2025
Eu não receio, todavia, os roubos; Afastam-se, a distancia, os dubios caminhantes; E sujos, sem ladrar, osseos, febris, errantes, Amarelladamente, os cães parecem lobos. E os guardas, que revistam as escadas, Caminham de lanterna e servem de chaveiros; Por cima, as immoraes, nos seus roupões ligeiros, Tossem, fumando sobre a pedra das sacadas.
Uma quantidade de moveis singulares: credencias d'ébano sobre ligeiros pés, trabalhadas como uma renda preciosa de volutas, entre ferrarias de prata batida a martello; nudezas d'estatuas aos cantos, brancas d'insomnia no rasgo genial das suas attitudes, servindo de cabide a chapéos de mil formatos: grandes jarrões sobre cubos esculpidos, em cujas arestas noctiluziam douradas vagas de pregos: e mesas carregadas d'estatuetas, marfins, velhas miniaturas, bocetas esculptadas: espelhos de metal, tenebrosos, por cima dos canapés, fazendo surgir da sua agua verde, esqualidos phantasmas d'enforcados: roupões de grandes desenhos na espalda dos tamboretes: e defronte do leito, um enorme divan com os cochins em desordem, alguns atirados, e livros por cima, cujas folhas os galgos iam passando entre as patas, por distrahir-se, nos intervallos da somneca.
Bem sei; mas como disse, o acaso ou o quer que fosse Levou-me a um templo pobre e foi n'elle que vi Que ha mendigos do céo, d'olhar sereno e doce, Proletarios do altar a quem ninguem sorri! E ao ver esta humildade, eu tenho d'isto ás vezes, Pensei, não sei porque, nas morbidas vizões Que não passam de ser as filhas dos burguezes Mas de rendas de França enfeitam seus roupões!
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