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Atualizado: 23 de julho de 2025
Ai, ai! lastimava-se o infeliz judeu Socega, aquieta-te, não toques mais n'esse amaldiçoado instrumento; aqui não é logar proprio para baile! O azougado moço não fazia caso do pedido pensando com os seus botões: Este rabino esfolou tanto infeliz em quanto poude, que é justo que seja esfolado agora! E de novo tomou o violino tirando accordes mais ligeiros.
Foi o que o moço quiz ouvir, visto que, concordando que o gracejo fôra longo, parou e guardou o violino no bolso, desceu os degraus e veiu postar-se em frente do rabino que, esfalfado, extenuado exhausto, se sentára na rua, respirando a custo. Agora és tu quem vaes confessar a proveniencia da bolsa que me déste, com peças d'ouro.
Teem a palavra os judeus, disse a augusta presidente. A religião de Moysés, replicou um rabino, já completamente desanimado, não carece de entrar em discussões, para provar a sua superioridade sobre todas as outras. Ficamos inteirados! disse a rainha, e accrescentou: Teem a palavra os doutores musulmanos. Nós cá, os verdadeiros crentes, exclamou um turco, não discutimos senão d'alfange em punho.
Apparecendo o juiz, já um pouco refeito do cançasso, inqueriu do que se havia passado e provando-se á evidencia que tinha havido roubo, mandou enforcar o rabino. João no auge da alegria Era uma vez um rapaz que dava pelo nome de João e que esteve a servir durante sete annos n'um logarejo de provincia.
Quando já o não avistou, o rabino, não podendo conter o seu rancor, exclamou: Musico das duzias, estás a contas commigo. Grande marau! Has de pagar-me a partida mais cara do que ossos! Tendo com essa fala dado vasão ao seu odio, seguiu por atalhos e alcançou a cidade mais proxima antes que o rapaz apparecesse.
Nada d'isso é, pois não sou tão exigente... desejava apenas tirar uns ligeiros accordes do violino! Ao ouvir taes palavras, o rabino deu um estridente grito de susto e pediu encarecidamente ao juiz que não consentisse! Qual a razão porque não hei de conceder a graça que este homem me pediu, se é a unica alegria que por instantes posso dar-lhe? Tragam-lhe o violino.
O verdugo que se havia ido chamar, segurou o innocente moço, conduziu-o á forca, que já estava erguida na praça principal onde accorreu toda a cidade em pezo, e o rabino fôra o primeiro a mostrar-se fazendo menção de soccar o pobre condemnado, verberando: Marau, vaes ter a recompensa que te é devida!
Muito engraçados são os taes moirinhos! disse S. M., com riso disfructador; e ordenou, em seguida, que saíssem a campo os judeus, a vêr que tal se portavam. O grande rabino, com o seu barrete enterrado até ás orelhas, como usam os seus correligionarios, sacou d'um livro, e immediatamente appareceram todos os judeus com os seus ripanços nas mãos.
Ai, meu Deus! lamentou o rabino ao querer fugir, mas sem que lhe fosse possivel abrir caminho pela compacta massa de povo que enchia a praça. Dou-lhe uma peça d'ouro prometteu elle no auge da aflicção se me amarrar com força ao pau da forca! N'esse instante, porém, o rapaz deu o primeiro toque no violino.
Ora, os taes livros seriam muito edificantes, mas tinham tanta côdea, que só com uma tenaz se lhes poderia pegar. O rabino principiou a entoar um psalmo, e todos os judeus o acompanharam; cantavam porém tão desentoadamente, e davam tão insoffriveis bérros, que a pobre da rainha não teve outro remedio senão tapar os ouvidos, e mandar a toda a pressa que cessasse tamanha algaravia.
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