Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 29 de julho de 2025


O theatro da rua Le Peletier annunciára, para aquella noite, um magnifico espectaculo, em beneficio das victimas d'um sinistro recente. Cantavam-se os Huguenottes, desempenhando Laura Linda, pela primeira vez, a parte de Valentina. Toda a primeira sociedade parisiense devia assistir á representação, porque no camaroteiro não restava um bilhete.

De feito, Gonçalves Basto alimentava-se nos restaurantes, desculpando a irregularidade insalubre e estouvanada d'este viver parisiense com a faina jornalistica. Elisa era mãi extremosa.

Se bem que não seja das mais notaveis frescuras, murchava completamente, e repelliria furiosamente horrorisada, os supracitados favos. O editor parisiense, esse desgraçado! bradaria percorrendo agitado o seu estabelecimento pacifico, á imitação de Henrique IV. Ventre gris! E maldiria nos seus justos furores do negocio mal afortunado, as rabinices litterarias das princezas idiotas.

Prosa e alegria nunca lhe faltavam; ria, chalaceava e fazia ao digno J.-T. Maston partidas de garoto, n'uma palavra mostrava-se «francez», e, o que peior é, «parisiense» até ao ultimo segundo. Soaram dez horas.

Encontrará tambem, casualmente, uma especie de symbolo no contraste frisante entre o cunho parisiense dos logares e do meio onde se desenrolaram os incidentes d'esta chronica de costumes, e a visão do que se passa além da Mancha, avocada ao espirito pelo aphorismo inglez: a corrente obscura e silenciosa d'um rio da Irlanda por entre os seus prados, a immobilidade vaporosa d'um lago da Escocia na solidão das suas montanhas vestidas de urze?

Por experiencia propria e pelas confidencias que alguns homens lhe tinham feito, estava perfeitamente industriada nas condições habituaes das secretas felicidades prohibidas da alta sociedade parisiense. Como não havia, pois, de ficar desconcertada, até ao assombro, ao ver o bairro que a prima escolhera para as suas entrevistas d'amor.

Se um phonographo recolhesse as phrases trocadas entre estas princezas da moda e os cavalheiros que as rodeavam, uma tal miseria de espirito e de idéas, era de fazer chorar!... Mas não. O que se diz n'aquelle meio, não é a imagem do que se pensa. A verdade da vida parisiense não está nas palavras.

Mas quero afirmar que nessa frase que nem sequer p'ra muitos que a beijaram, foi mais que uma ironia sem estílo se condensa o estoicismo, o galbo heroico, que fez desta parisiense tão estranha na sua vida de cocotte nobilíssima, uma neta espiritual de Marco Aurelio. Foi nobre e foi cocotte. Não estranhem. Viver, p'ra uma mulher, na sociedade de hoje, é qúasi sempre prostituir-se.

Ronquerolle era bastante parisiense, pelo espirito e pelos habitos para n'aquelle jogo de amôr obter todos os trumphos. De resto, a intelligencia que qualquer recebeu da mãe commum, a natureza, serve-nos de auxiliar poderoso em todos os lances da vida. Que prodigios de imaginação não teriam os amantes, para se vêrem a miudo.

Gastara, nos cinco annos de emigração, o jactancioso Noronha, como gastam em Paris os homens opulentos ou perdularios. Bem que a sua casa, toda em propriedade rustica, fosse grandemente rendosa, e bastasse a dar-lhe fama e brilho de rico na sua provincia, os redditos d'ella escassamente dariam a um parisiense com que sustentar dez pessoas de familia em recatada decencia.

Palavra Do Dia

reconhece-as

Outros Procurando