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Atualizado: 7 de julho de 2025


O pai da Mariquinhas morreu, e a D. Emilia resigna-se a viver para chorar todas as lagrimas da sua bela alma pelo marido e pelos filhos, sempre vivos na sua lembrança. Sente por nós um dôce carinho, que nos enche de reconhecimento, e todos nos juntamos na saudade da querida morta, a linda Mariquinhas, que tão íntimos e indissoluveis tornou os nossos afétos. Sacrificada

Segunda punhalada: Onde hei de eu ir arranjar dinheiro para comprar o perú? Mas, emfim, era preciso não fazer figura deante da Mariquinhas. Socega, querida. Has de fazer essa agradavel surpresa a teus paes. Quando? Ámanhã... decerto, visto que depois d'ámanhã é vespera de Natal. Ah! como sou feliz! exclamou a Mariquinhas.

Em Junho fôra o commovido embarque de Gonçalo para a Africa, e no tombadilho do paquete, entre o barulho e as bagagens, um encontro com André, que chegara d'Oliveira, dias antes, e contou muito alegremente do casamento da Mariquinhas Marges.

Decididamente a Mariquinhas era muito melhor politica; onde o meu temperamento voluntarioso punha energia revoltosa, a doçura do seu espirito, tão levemente ironico quanto profundamente conhecedor das fraquezas alheias, usava o suborno da lisonja, que a todos conquista e agrada.

Apesar das familias não têrem nunca encetado relações que as tornassem do mesmo convivio, porque a mãe da Mariquinhas detestava a espanhola, como lhe chamava conseguira a criança, com as suas blandicias de lisboêta amavel, que me deixassem ir passar algumas tardes a sua casa.

Lembro-me agora que a Mariquinhas, com a sua viva inteligencia cultivada no convivio da sociedade, compreendera desde logo de quanta vaidade e orgulho se enchia a enorme criatura, e sabia lisongeá-la com leves delicadezas, das quais eu nem sequer compreendia o alcance, na minha inteireza selvagem.

Não percebi como podesse existir tal diferença nos afétos, mas resignei-me a ficar sem mais explicações para que o sorriso de desdem com que a Mariquinhas acolheu a minha evidente tolice não lhe aflorasse de novo aos labios finos.

Saltava pelo muro para o quintal da Mariquinhas, de maneira que não fôsse visto de minha casa, com receio de sobresaltar a estrangeira, e vinha têr comnosco associando-se aos nossos brinquedos com um bom humôr que nos encantava.

A Mariquinhas era a unica e amimada filha duns pais, que a tinham a ella, duns poucos que no seu ninho tinham batido azas palpitantes de alegria e esperança e a morte lhes levara numa impiedosa e cega colheita. Era em casa uma pequenina rainha, que não abusava é certo da sua autoridade, antes punha uma suprema graça nas suas ordens e caprichos.

Debaixo do caramanchão, que tambem se ia despindo, primeiro das flôres, depois das folhas, a Mariquinhas, quasi deitada na cadeira de verga que a mãe lhe almofadava desveladamente, olhava melancolica os seus queridos crisântemos, que todas as manhãs desabrochavam de novo e vinham preencher a falta dos que se cortavam ou pendiam emurchecidos.

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