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Ignoro se foi por algum destes, ou por ambos suggerida a ideia de se construir o Palacio Real no sitio de Campo de Ourique; mas sei que foi no tempo de Mardel que se levantou a planta, e se collocarão os marcos, dos quaes ainda existem alguns junto á Igreja de St. Isabel, Fonte Santa, Prazeres e S. João dos bem casados.

Carlos Mardel, natural da Hungria, como diz a tradição, ou de origem francesa, como suspeita o Sr.

Em novembro de 1755 foi o engenheiro Carlos Mardel encarregado pelo Cardeal Patriarcha de Lisboa de ver o estado em que estava a Igreja de S. Bento depois do terremoto, sobre o que elle informou que «achou toda a igreja em muito bom estado, sem ter recebido damno algum e em excellente estado de servir; porem a sacristia he a peyor e incapaz de servir, e em lugar della achei hum grande refeitorio e casa de profundis diante do Refeitorio, ambas escusadas para os Padres do dito Mosteiro, as quaes são misticas ao lado da Epistola da Capella mór; e abrindo-se porta para a Igreja no mesmo lado, temos tudo o que for mister para accommodar a Patriarchal, e ainda com mais abundancia do que aonde estava antes». Em vista disso passaram para aquella igreja os officios da Patriarchal.

Succedeu porem que sendo a informação de Carlos Mardel de 17 de novembro, no dia 19 desse mesmo mez ia o capitão engenheiro Eugenio dos Santos e Carvalho informar o Patriarcha de que, embora concordasse com o parecer do seu collega quanto á segurança do corpo e cruzeiro da referida Igreja, «se lhe fazia suspeitosa uma parede da Capella que, sendo ordinaria, se pode reparar com modica despeza». Foi este parecer seguido; e fez-se a obra completa sob a direcção do então tenente coronel Carlos Mardel e do capitão Eugenio dos Santos .

Reynaldo Manuel se chamava, como vimos, o engenheiro nomeado p.^a substituir Carlos Mardel nas obras da reconstrucção de Lisboa, quando este morreu em 1763. Jacome Ratton fala com encarecimento de um engenheiro militar, estrangeiro mas que muitos serviços prestou entre nós.

Os engenheiros encarregados da reedificação de Lisboa foram, pela sua ordem, Eugenio dos Santos, Carlos Mardel, Reinaldo Manoel e Manoel Caetano. De todos estes noticia Jacome Ratton, um contemporaneo, nas suas Recordações , onde se encontram interessantes pormenores relativos á cidade de Lisboa depois do terremoto.

Na importante Memoria d'este celebre engenheiro-mor, que em seguida publicamos, veem citados, alem dos nomes de Mardel e Eugenio dos Santos, os do capitão Elias Sebastião Pope e Pedro Gualter da Fonseca, e praticantes Francisco Pinheiro da Cunha e José Domingos Pope, como tendo sido por elle eleitos para o auxiliarem na monumental obra da reconstrucção da cidade.

Mas embora os nomes de Eugenio dos Santos e Carvalho e Carlos Mardel, que Manuel da Maya considerava «alem de engenheiros de profissão, os primeiros architectos na architectura civil», sejam os que mais soam e mais elevado quinhão representam nesses memoraveis trabalhos herculeos, muitos foram os engenheiros militares que nelles tiveram parte sob a direcção de Manuel da Maya.

Carlos Mardel edificou para a sua habitação aquella casa que se acha ao lado oriental da Igreja de St.^a Isabel junto ao cemiterio, e por baixo da torre dos sinos. Manoel Caetano edificou as de que fallei. Á vista do que todos convirão comigo que o que tinha melhor tino era João Pedro Ludovici

Entre as curiosidades apresentadas na Exposição de Cartographia da Sociedade de Geographia, em 1903, figurava uma Planta topographica da cidade de Lisboa arruinada, e tambem segundo o novo alinhamento dos architectos Eugenio dos Santos e Carvalho e Carlos Mardel, feito por João Pedro Ribeiro. Pertence á Direcção dos Trabalhos Geodesicos .

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