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Segundo resa a tradicção fielmente conservada atravez centenas e centenas de gerações, nunca houve nas ilhas do Sol Nascente princeza mais seductoramente formosa do que a companheira bem amada do principe Yoshimtsou. Pintor algum por mais talento que possua, não será nunca capaz de, com as côres mais finas e custosas, crear imagem mais graciosa do que a da bella japoneza.

Tanta pilheria teve a figurona, que a deusa Amaterasu, no seu antro, começou a interessar-se na galhofa, a rir ás furtadellas, ou não fosse ella japoneza! e arredou um pouco, para o lado, o pedregulho, alongou um nada a cabecita para fóra, e assim se pôz a gozar melhor da brincadeira.

A historia japoneza é feita pelo povo, incluindo a collaboração preciosa das velhas, das raparigas, dos garotos; emana das tradições, da lenda e da intuição sentimental das massas.

A vida inteira japoneza passa, perpassa aqui; quem folheou os albuns de desenho de Hokusai, e n'elles se interessou, deve depois votar horas inteiras a esta historia viva e flagrante do povo de Nippon; e assim completar, quanto possivel, a noção que haja formado d'este povo, um dos mais interessantes, e o mais sympathico talvez, do mundo inteiro.

O resto da manhã, se havia calor, passava-o sobre coxins de setim côr de perola, n'um boudoir em que a mobilia era de porcelana fina de Dresde e as flôres faziam um jardim d'Armida; ahi, saboreava o Diario de Noticiais, em quanto lindas raparigas vestidas á japoneza refrescavam o ar, agitando leques de plumas.

Na historia japoneza, palpita, como nas paginas da Biblia, a alma da tribu, propensa, pela tendencia geral da gente rustica, ao milagre, á maravilha, ao inverosimil; convindo apenas não esquecer que o japonez, menos idealista do que o hebreu, não vae mui alto no mundo das chimeras, voeja terra a terra, aprazendo-se em entretecer de graciosas fabulações as aventuras dos seus homens illustres.

Cerca encontrou a classica escrivaninha japoneza, a caixa com os pinceis, com a gota de agua n'um deposito metalico, com o pedaço de tinta negra e com a loisa onde esta se prepara. Mãos á obra. O pincel voava em curvas humoristicas; a mãosinha inspirada corria, pullava de alto a baixo, ponto aqui, rabisco alli, traduzindo a impressão propria com habilidades prodigiosas.

Oh, a paisagem japoneza! Como ella é encantadora e fresca, estranha, paradisiaca!... e como aqui o pensamento se dilata, n'um longo divagar sereno e amoroso, tão distincto das preocupações sombrias que alem, na Europa, azedam a existencia!... Mas não sei quê da alma asiatica, subtilmente motejador e sarcastico, subtilmente intolerante, paira aqui, emana da coloração e da forma das coisas, do grito dos animaes, do gesto e voz da gente; não se define, mas existe, hostilisando em tudo o pobre intruso.

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