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Os relogios de Florença acabam de dar as onze e tres quartos, quando Ernesto saltou da janella para o jardim dirigindo-se para o caramanchão, coberto de madresilva, lupulo e hera. Dentro do caramanchão haviam quatro bancos e uma mesa. Ernesto sentou-se n'um disposto a esperar toda a noite como tinha dito a Amparo.

Amparo desprendeu-se dos braços de Ernesto, sahindo rapidamente do caramanchão. Ernesto deixou-se cahir n'um dos bancos, murmurando em voz baixa: Meu Deus! Esta felicidade que sinto é demasiadamente grande para que seja duradoura! Separação No dia seguinte quando Ernesto appareceu no quarto de D. Ventura, este disse-lhe: Que pallido que está? Que é isso? Não se sente bem?

Ernesto achava-se na ditosa edade dos sonhos côr-de-rosa, e viu durante algumas horas passar pelos olhos da sua illusão um panorama encantador onde a flôr mais perfumada, mais bella, mais resplandecente, era Amparo que, olhando-o com languidez, lhe dizia uma e mil vezes mais: «amo-te! amo-te! amo-te!» E para que desperta um homem d'estes sonhos encantadores? O pintor e o judeu

Está bem, obedeço; mas não esqueças nem um momento de que me encontro disposto a fazer o sacrificio da minha vida, se com ella posso evitar-te algum desgosto. Marcial sahiu do quarto de Ernesto na occasião em que ia a entrar André. Onde vaes? lhe disse. Vêr Ernesto. Deixa-o, está dormindo; o que precisa é de socego.

Ernesto poz-se de , fazendo um esforço supremo, e como se as suas ultimas palavras tivesse esgotado as forças, dirigiu-se para a porta. Amparo olhava-o absorta, commovida, sem coragem para detel-o. Viu-o partir, e notou que aquelle homem tremia como um ebrio. Apenas sahira do gabinete, ouviu-se na antecamara um ruido como o que produz um corpo ao cahir desamparado.

A joven, que se sentara n'uma cadeira d'onde distrahidamente contemplava os quadros do atelier, dispensou um sorriso de cumprimento ao pintor, deixando vêr uns dentes pequenos como os de uma creança, e brancos como o miolo do coco. Tudo o que é bello attrae irresistivelmente os homens de talento. Ernesto fitou a joven. Amparo teria 20 annos.

Os olhos brilharam-lhe, o semblante reanimou-se-lhe: dir-se-hia que receava transmittil-a ao papel, mas fazendo um esforço, e com mão mal segura, escreveu: «Senhor Ernesto «Trate-se, porque desejamos em breve vêl-o completamente restabelecido. Amparo.» A condessa fechou a carta e foi entregál-a a Mauricio, que tinha acabado de almoçar.

Consentirei antes que elle me esbofeteie, preferirei fazer saltar os miolos. Quando o conde chegou a casa, situada na rua do Barquillo, entrou no quarto de vestir de Amparo, que o esperava inquieta e commovida. O tal senhor Ernesto, disse o conde, sentando-se n'um sofá, é menos generoso do que suppunhas.

Olha, Ernesto, a dissimulação tem logar entre pessoas que se não estimam.

As suas formosas faces cobriram-se d'esse encantador carmim que tão bem assenta ás jovens e que tanto arrebatam e enlouquecem os homens. Sim, para que occultar-lh'o por mais tempo? continuou Ernesto. Deve tel-o comprehendido. Se os meus labios ainda lh'o não disseram, os meus olhos têem-lh'o confessado infinitas vezes.

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