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Leu os endereços: uma era para ella! estava na letra muito firme de Edgar, escripto o seu nome; as outras duas eram uma para o director, outra para o pae, o sr. Buckley. Pobre Lord, exclamou, como hade ficar!... Guardou a carta que lhe era destinada, e ficou a contemplar aquelle corpo, côr de tocha. Que bello, no seu ar de crepusculo! murmurou. Mas que rictus o da sua boca dolorosa!

Momentos antes, dissera a Violet: Afinal, é sensibilizante a amargura do pobre rapaz, mas não posso soffrer o horror que me causa a perfeição daquelle systema de nervos tão bem ajustados a um corpo magnifico, e tudo ao serviço dum amor normal, duma animalidade de cavador! De repente avistou a Fonte, e, a seguir, um corpo estendido a alguns palmos da vasa. Apressou o passo: era Edgar! Edgar!

Ó José Gaio! Ó José Gaio! Bastava simplesmente esta narrativa para granjear a Trindade Coelho foros de distinto e primoroso escritor. Edgar Poe não enjeitaria o assunto, se lhe ocorresse, nem o trataria com muita maior perfeição.

Falou por espaço de meia hora com Hugh; e emquanto este seguia com os demais alumnos para o tennis, Edgar desceu rente ao muro, a internar-se nas sombras. Passado tempo ia Maria Peregrina para junto da Fonte. Levava o violino para tentar um trecho de Wagner, em que Edgar tinha falado.

Eu te digo, Edgar, ha duas maneiras de considerar a Vida: vivê-la para o espirito, para a Arte numa tensão firme de Belleza, e vivê-la como o commum da gente almoçando, dormindo, trabalhando á hora, realizando num dia trabalho egual ao do dia seguinte, e talhando em vinte e quatro horas o programma, a obra de vinte e quatro ou quarenta e oito annos. Para estes não importa o amor exotico.

E parecem-te, perguntou Edgar, certas, essas theses? Absolutamente verdadeiras. Condizem com os estudos a que me tenho dado da civilização grega, e de o entender assim a minha concepção nova de Hellenismo, o Poema que estou urdindo e vou publicar. agora, Peregrina, como teus admiradores, creio que temos direito a saber o entrecho do Poema. A tua Arte é tambem nossa.

Perdôo-lhe porque esteve calada... Foi discreta. A peor Sapho para ti, Edgar, não foi ella, fui eu. Digo-te, com desgosto, que a Esphinge permanece. Nem um minuto vasei a minha alma na tua! Não me arrependo do que fiz, pois que consegui o que esperava, soffrer. Foi uma noite que sacrifiquei á minha saudade. E deu-me volupia o soffrimento, como sempre.

Todos se mostraram surprêsos, mas cheios de admiração pela creatura invulgar que supremaciava sempre na roda em que estivesse, e que decididamente ia dar que discutir. Curiosa faina! dizia Edgar, baixando o olhar...

Helen, que foi a suprema alegria da minha vida, porque nós nos alegramos quando satisfazemos vicios, ahi está nas mãos dum inglês bruto, incomprehendida, bloqueada de ciumes e grossarias. Edgar morto tragicamente junto á Fonte Verde, em Petersfield, e eu a detestá-lo quando o seu lindo corpo se encapellou na minha posse e a ter por elle, a partir da hora em que o vi morto, uma quasi paixão...

Claro, insistiram os do grupo, que eram o companheiro constante de Edgar, Hugh, um adolescente de olhar quebrado, vago; Violet, uma rapariga tambem inglesa, de olhos e cabellos castanhos, de andar suave, e fala cantada; e Helen, a predilecta de Maria Peregrina. Pois vou explicar-vos o Poema, que desejaes interessar nelle, disse a portuguesa, sentando-se.

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