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Atualizado: 20 de outubro de 2025


Carvalho, chamando de parte o sr. Trêpa, trocára com elle algumas palavras. Tive depois a explicação d'este incidente; e o leitor tel-a-ha tambem, a seu tempo. Mas, rapidamente, o sr. Carvalho voltou a falar comigo ácerca do monumento, e do facto que elle memorava: a visita de Castilho a Seide. Fez-se aqui, dizia-me o sr. Carvalho, uma linda illuminação.

De sobra comprehendia ella a minha intenção, e mostrava-se; mas não me cedia nunca em pontos de delicadeza que ella converteu em pontos de honra. E dizia-me: «Eu sou obrigada a soffrer a posição que me deu a sorte. Devassar-lhe os segredos, de que monta? Affliges-te se fallo, affliges-te se me callo... Tracta de esquecer as causas dessa tristeza, meu Roger.

Mal pensava eu, quando ha dous annos lhe fallava da irreparavel perda da minha saude, que tão cedo o seu nome iria ajuntar-se aos de tantos amigos mortos, a quem eu dissera o ultimo adeus. E, quando eu lhe fallava de meus filhos com o coração cheio das presentidas lagrimas de dous orphãos, dizia-me elle que lhes seria protector n'esta vida, se Deus lh'a não tirasse ás suas seis criancinhas.

Quando eu lhe ia vender flôres silvestres, que apanhava no monte, abraçava-me, e dizia-me muitas vezes, que desejava que eu fosse sua filha. Não duvido que ella te receba, porque és muito linda e agradavel; agora o que eu não creio é que me receba a mim, que sou uma velha e cega, que para nada sirvo.

E dizia-me que ella, coitada, via-se bem que era minha amiga porque era vêr que apenas eu chegasse era certo ella receber outra vez as varinas, os pinocas e a filha da senhora Baroneza. Um dia fiz-lhe vêr que ella estava na cama havia perto de anno e meio e que portanto tomasse cautella.

Consternava-me este ar de desleixo que a definhava. Diante de mim sómente ella affrouxava a rigidez do seu porte, e eu da melhor vontade lh'o perdoava: devia estar cansadissima de representar de senhora feliz! Quem lhe dera a ella poder tudo confessar, e viver francamente commigo, sem ignominia! «Não me deixes dizia-me ella por vezes Tu es-me necessario como a luz

E como prova d'esta compreensão amarrecou-se n'um desdem em que achava os proprios paes d'ella umas cavalgaduras. Tanto falámos d'essa merda da constituição da familia que nos compensámos imenso em concordar que aquilo afinal era mas era o venéreo da alma. E dizia-me que a ella lhe presentia a raiva de vir a ter tambem uma geração mais nova.

Eu levava-a muita vez a pastar. E, como o avô não queria que ella perdesse um ponto da reputação, dizia-me sempre: Não percas o animalzinho de vista. Não deixes de pear a burra. Nem o mais pintado se lhe havia de chegar, que eu tinha sempre o olho n'ella e nunca as peias me haviam esquecido.

Mas contra o generoso auxilio d'este homem havia velhos preconceitos de familia, mais apaixonados do que justos; era-me pois impossível recorrer a elle abertamente. Entre as prevenções e a gloria da minha casa não hesitei porém. A consciencia dizia-me que não devia hesitar.

Uma que estava callada soluçou no escuro. E como todas se voltassem poz-se a rir e a ageitar os cabellos. Eu tive um filho e puz-me a creal-o. Depois de isso o meu amigo nunca mais quiz saber. Quando eu o procurava ria-se. Mostrava-lhe o innocente e elle punha se a rir. Mulheres não faltam, dizia-me. Vae-te! E a gente fica feia. Vae um dia e disse-me: Se tornas chamo a policia.

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encaixilhavam-se

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