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Atualizado: 24 de junho de 2025
Hoje, tres annos passados sobre a morte do actor Santos, abro o pequeno livro das suas memorias, que elle publicou já acorrentado ao leito da morte como o Prometheu ao rochedo, cerrados os olhos na escuridão com que a cegueira o quiz habituar á noite eterna do sepulcro, dilacerado o peito amante pelo abutre implacavel da saudade...
Mas toda a outra vasta água permanece imóvel, como morta, com uma grande mancha de sangue que lateja. Todo êsse sangue caíu, de-certo, da ferida do sol, redonda e vermelha, sangrando em cima, num céu dilacerado por fundos golpes já rôxos. Para alêm da névoa leitosa que cobre as lagôas, dos charcos salgados, onde a marezia ainda chega e se espraia muito longe, um monte flameja e fumega.
O Deus que todos adoravam em extasis apaixonados, era o Christo dolorido, cadaverico, crivado de pregos, escorrendo sangue de cada uma das suas chagas abertas. A dôr maternal era symbolisada por sete espadas atravessando um coração dilacerado. Os fanaticos mostravam á admiração das turbas os estygmas sangrentos das suas carnes palpitantes.
O imperio, a concentração, o despotismo, a tyrannia das armas, os estragos apparentes da conquista, as invasões ambiciosas d'um homem e do seu numeroso exercito, despertaram e desenvolveram por toda a parte uma nova força de cohesão e affinidade, para reunir os fragmentos dispersos, e dar ao corpo dilacerado consistencia e unidade por meio de um novo arranjo politico, religioso, moral e economico, que lhe assegurasse a existencia e uma vida regenerada e pura.
A cutiz assetinada e côr de perola tornava-a adoravel. Cahi-lhe aos pés, como ante uma divinidade. Parecia-me vir das proprias mãos de Deus, pura como um anjo. Chegou-me a fronte junta ao seio: olhou-me com inexprimivel amor, e um beijo d'aquelles castos labios foi o sello de uma paixão intensa, inextinguivel, Carlos, no meu coração dilacerado por uma dôr infinita.»
Mas como resgatam amplamente e soberbamente esses senões secundarios, livros como a sua Civilisação Iberica tão admiravelmente traçada por um pincel de artista e de pensador, como o seu volume Os Filhos de D. João I, feito todo elle sob uma inspiração soberba da epopéa, como o seu Condestavel tão bello, tão puro, em que a sua alma parece entender tão bem os mais intimos segredos d'uma alma de extase e de fé, prenunciando d'este modo a resignação ineffavel, a pacificação serena e alta, a submissa doçura ao mysterio supremo, no qual todas as contradicções se conciliam, a humilde piedade unctuosa da sua morte edificante, d'essa morte que tantos balsamos verteu no dilacerado coração da esposa, que n'ella teve a sua crucificação e a sua corôa, a sua maior dôr e o seu consolo mais sublime!
Teu corpo está talvez, dilacerado Entre as plantas escuras e as raizes!.. E, ah! que vezes talvez, n'um ai cortado Não me terá teu seio immaculado Entre as hervas bradado Não me pizes! Por isso vou curvado para o chão Com medo de pizar-vos, tranças bellas! E ah! quantos, como eu, tambem irão, Correndo o mundo atraz d'uma illusão, Ou soletrando as mysticas estrellas!
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