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Degradei-me por amor de ti soluçou ella e agora hei de ir morrer n'um convento, sem a amizade de ninguem, perdida no conceito de toda a gente, e tratada com vilipendio por todos... Cuidei que não me tornava indigna aos teus olhos... Indigna aos meus olhos! exclamou Fernando coberto de lagrimas quando te disse eu palavra que te razão de tamanha calumnia!

Mas com tão doce gesto, irado e brando, O sentimento, e a vida m'enlevou, Que a pena lhe agradeço. Bem cuidei d'exaltar em verso, ou prosa, Aquillo que a alma vio Entre a doce dureza e mansidão, Primores de belleza desusada; Mas quando quiz voar ao ceo cantando, Entendimento e engenho me cegou Luz de tão alto preço.

Hei de sentir-me cansada, quando tiver satisfeito toda a minha curiosidade, que por emquanto não me deixa sentir coisa alguma. Por exemplo, quaes são os teus projectos, os teus calculos sobre o futuro? Ó prima Gabriella, sempre cuidei que na provincia se perdia tempo a calcular futuros. Uma pessoa de bom senso não calcula o futuro, que em um momento se transtorna. Bem, entendo o subterfugio.

Eu cuidei que o passeio era para mais longe disse a mulher de Belchior. Mais longe para que? Aqui estamos muito bem... A quinta é bonita e é muito grande, bem logar para passearmos... E quando nos sentirmos cançados, abancamos e toca a palestrar... Aqui o que faz bem é o ar...

Porque has de tu morrer, minha filha? volvia elle conformado com a desgraça. Porque senti ha pouco um estalo no coração, e cuidei que morria abafada. Passou esta ancia, mas sei que hei de morrer d'isto. Parece que vejo a sepultura aberta, e que o frio do cadaver me trespassa.

Cuidei até sentir, mais doce que uma prece, Suster a minha , n'um veo consolador, O teu divino olhar que as pedras amollece, E ha muito que me prendeu nos carceres do amor. Os teus pequenos pés, aquelles pés suaves, Julguei-os esconder por entre as minhas mãos, E imaginei ouvir ao conversar das aves As celicas canções dos anjos aos teus irmãos.

Carlota Angela tapava o rosto, e arquejava, fugindo impetuosa aos braços da freira. Que horror! continuava ella, apertando as fontes com as mãos, e tirando com violencia pela respiração Trahida por Francisco!... Todo este amor, a amor de toda a minha vida, calcado, desprezado, ao mesmo tempo que eu o ia alimentando com lagrimas diante d'aquella cruz, onde eu cuidei que se encontrava compaixão!...

Vi os Campos inundados De gentes vagas, e incertas; Vi as estradas cobertas De cacheiras, e cajados: Não valem rogos, nem brados, Não valem ligeiras pernas; A raiva, e o Deos das Tavernas Accendêo tanto os Campinos, Que cuidei que os meus Meninos Terião férias eternas.

Com esta justa balança O Fado grande e profundo Nos refreia a esperança, Porque ninguem neste mundo Busque bem-aventurança. Eu, que cuidei de viver Sempre contente de mi Com tamanho Rei vencer, Venho achar minha mulher De todo fóra de si. Mas d'outra parte, que digo? Que s'he verdade o que vi, E o que ella diz he assi; Virei a cuidar comigo Qu'eu sou o fóra de mi.

D'aqui me vem a mim a parecer que esta mudança, em que me eu vi, então começava a buscar, quando esta terra, onde me éla aconteceu, me aprouve mais que outra nenhuma, para vir aqui acabar os poucos dias de vida que eu cuidei que me sobejavam. Mas n'isto, como em outras cousas muitas, me enganei eu.

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