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Atualizado: 10 de julho de 2025


O thermometro baixara sensivelmente, e a columna barometrica punha-nos calefrios... O mar quebrava-se de encontro ás bochechas do cruzador desafiando-lhe a resistencia colossal. Sabiamos que a latitude em que navegavamos, nas Antilhas, era muito frequentada pelos cyclones, esses terriveis inimigos dos navegantes, que arrastam em sua cauda milhares de vidas.

Passado o primeiro momento de delirio, approximaram-se os dois hiates que nos acompanhavam e o cruzador diminuiu a marcha. Ficámos borda á borda. N'um instante toda aquella gente que vinha nos vaporesinhos, passou para o Barroso. Houve um silencio respeitoso de parte a parte e começaram os abraços. O consul geral brazileiro, Sr. Dr.

Dentro em pouco sulcavamos a grande corrente. Não tardou muito o pratico, por cujo intermedio tivemos noticia da estrondosa manifestação com que os habitantes da cidade americana aguardavam a chegada do cruzador brazileiro. Bella surpreza essa! Cresceu o enthusiasmo entre os noveis officiaes. Entrámos. Durante o nosso trajecto pelo Mississipe a anciedade a bordo tocou o seu auge.

Foi a mais interessante de todas as nossas visitas em Pernambuco. No dia 27 deixámos o Recife em direcção ás Antilhas. Como até ahi, a viagem continuou a vapor, uma verdadeira viagem de recreio si não fosse a exiguidade dos commodos a bordo do cruzador.

Emquanto isto se dava, emquanto a guarnição occupava-se da limpeza externa do cruzador, com o cuidado, com o desvelo e com o carinho mesmo de amigos dedicados, iamos visitando outras cidades americanas, ligeiramente, de relance.

Bailes, regatas, passeios improvisados, concertos, brindes, e não raro a tolda do nosso bello cruzador converteu-se em esplendido salão de baile, acordando a sons de orchestra e gritos de alegria o silencio agreste das margens do Mississipe.

Ou fosse a natural affinidade que existe entre as duas nações americanas, ou fosse o facto de ir a bordo do cruzador brazileiro um representante da familia imperial do Brazil, o certo é que durante nossa travessia da foz do Mississipe á cidade fomos constantemente saudados de ambas as margens do rio a tiros de espingarda e a lenços que nos acenavam de longe.

Desde ás oito horas da manhã, ao içar-se a bandeira, começavam a atracar lanchas a vapor e escaleres cheios de visitantes de ambos os sexos. Grandes lanchas iam e vinham do caes para o cruzador e do cruzador para o caes, continuamente, incessantemente, apinhadas de passageiros, que pagavam 5 centimos de ida e volta.

se havia inaugurado a Exposição de Nova Orleans; era-nos forçoso assistir ao menos o encerramento. Estavamos convictos de que o cruzador brazileiro ia figurar com brilho no importante certamen americano. Tanto em Bridgetown como em Kingston não lhe faltaram elogios de pessoas competentes.

Ás suas ordens, meu commandante! disse Marianno Martins ao tenente Tito de Moraes. Este agradeceu-lhe a collaboração n'um aperto de mão cordealissimo e confiou-lhe, entretanto, o comando do cruzador.

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