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Atualizado: 30 de abril de 2025
Em todo o acanhamento das minhas faculdades, mas em pleno vigor da sensibilidade, eu, que não posso gabar-me de haver sido educado no latinismo, porque não é educação que se tome em conta a arrastada e desordenada negligencia com que usamos passar pelas escolas, mas que fui nascido no latinismo, o que para a constituição psicologica sobrepuja a educação, não escapei ás apreensões de M. Arnold relativamente ao germanismo tumido de sciencia e tão minguado de humanidade. Em 1888, algum demonio me seduzia quando, passando por Berlim, escrevi nas minhas notas: «Sobre a cidade pesa um braço de ferro, a multidão abdicou nas mãos de uma vontade; só ela a move. A graça e a elegancia, a vivacidade e o riso foram banidos; o povo vai taciturno e lento.» «A Alemanha, que Berlim nos mostra, afigura-se-me um elefante, a inteligencia e a força em um corpo informe. Toda a sua alma cristalisou nesta aspiração ser forte, invencivel.» «Conseguiu ser forte. As doutrinas dos filosofos, de mãos dadas com o genio militar, alcançaram emfim dar-lhe uma rara força. Póde viver-se assim?
Para as gerações que nos sucederem, nem sequer poderá ser surpreza uma reconciliação da Alemanha com uma parte daqueles que impetuosamente ela tem combatido, e uma reconciliação tão completa que lhe dê ingresso na união latina. As afinidades espirituais e historicas da Alemanha são muito mais proximas do mundo latino do que de qualquer outra especie de mentalidade, particularmente daquela que domina nas civilizações orientais e nas que com elas têm parentesco; a sua paixão presente da força, onde conciliação possa ter e não seja puramente uma rebeldia cega contra toda a insinuação de idealismo, mais de pronto encontrará termos de identidade na simpatia humanitaria activa, propria do latinismo ocidental, do que no quietismo mistico e no desprendimento passivo que o Oriente infundiu e alimenta no slavo. De facto, mais de vinte e cinco seculos de historia demonstraram que não ha senão duas civilizações a que cristalisou na sobriedade atica, na austeridade moral romana e na graça cristã, fundidas e disciplinadas, e a que vagueia nos arrebatamentos do Oriente, tão de pronto erguidos em extasis de desprendimento como inflamados na opulencia insondavel da sensualidade.
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