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Se o não fossem, se uma filosofia muito diversa da que animou a Alemanha e lhe deu força e coesão não nos inspirasse, se aspirações muito diferentes não nos arrebatassem, a guerra ter-se-hia reduzido a uma marcha triunfal dos exercitos teutonicos, portadores de um genero de civilização pelo qual todos os povos da terra estavam suspirando, ansiosos por abdicarem das suas aspirações ingenitas no seio do povo eleito.

Compendiando muitos séculos da história da humanidade e os factos essênciais da vida política e económica dos nossos dias, definindo e conjugando o que vaga e fragmentáriamente todos sentiamos e pensavamos, o pregão de Norman Angell mostrou-nos que a doutrina que constitue a grande ilusão é a crença de que as cousas de maior valor na vida, aquelas que representam os fins das sociedades humanas, podem alcançar-se pelo desenvolvimento da fôrça política e militar dos estados, pela extensão do seu território e pelo domínio dos seus govêrnos. Esta doutrina, proeminente e característica na Prussia, tornára-se afinal comum a toda a Europa por virtude de um deplorável contágio. Para a debelar não bastavam combinações diplomáticas e a revisão de fronteiras; nascida de certas tendências de espírito, por tendências opostas poderia ser vencida. Foram os professores, as academias e os publicistas que durante cinqùenta anos a propagaram; e por um trabalho de identica natureza poderia ser afastada. Não seria pelo ferro e pelo fogo que haviamos de nos libertar da sua calamitosa sujeição. Era vêr o que tinha acontecido com as guerras da religião; debalde sacrificaram milhões de vidas, quando tentaram sustentar as crenças pela fôrça, e terminaram, dando a toda a a liberdade, quando o espírito a conquistou, quando a fermentação intelectual e a estimativa dos valores morais, a sua discussão pacífica e a sua comparação, demonstraram a inanidade da fôrça na sustentação dos altares. Assim acontece e se verifica que «o combate pelos ideais não póde mais tomar a forma de combate entre as nações, porque as questões morais estão dentro das próprias nações e cruzam as fronteiras políticas. Não estado algum moderno que seja completamente católico ou protestante, liberal ou autocrático, aristocrático ou democrático, socialista ou individualista. As lutas espirituais e morais do mundo moderno proseguem entre os cidadãos do mesmo estado em uma cooperação intelectual inconsciente com os grupos correspondentes dos outros estados, e não entre os poderes publicos dos estados rivais». Política e economicamente se tem estabelecido uma situação paralela em que «a estratificação das sociedades» se sobrepõe aos artificios das divisões nacionais. O mundo tende a repartir-se, não pela fôrça das espadas mas pela coesão dos espíritos e dos interêsses. «

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