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Procurava assim á força convencer-se que «a culpa não era d'ella»; recordava os mezes de felicidade antes da chegada do parocho; arranjava explicações naturaes para aquellas maneirinhas ternas que ella outr'ora tinha para o padre Amaro, e que lhe tinham dado ciumes desesperados: era o desejo, coitada, de ser agradavel ao hospede, ao amigo do senhor conego, de o reter para vantagem da mãi e da casa!
Ella, com as suas maneirinhas ternas, os seus olhinhos adocicados! Mas não, deixára-o emmalar a roupa, descer a escada, sem uma palavra amiga, indo tocar com estrondo a valsa do Beijo! Jurou então não voltar a casa da S. Joanneira. E, a grandes passadas pelo quarto, pensara no que havia de fazer para humilhar Amelia. O quê? Desprezal-a como uma cadella!
Ella cantarolava-lhe, escarnecendo: Fico sósinha á varanda Que o meu bem está na prisão! Aquellas maneirinhas excitavam o padre e com os braços erguidos, a voz calida: Salte, salte! Ella então fez voz de mimo: Ai, tenho medinho! tenho medinho... Salte, menina! Lá vai! gritou ella bruscamente. Saltou, foi cahir-lhe sobre o peito com um gritinho.
Ella sentia de resto que as amigas da mãi envolviam a sua «inclinação» pelo parocho n'uma approvação muda e affavel. Elle era, como dizia o conego, o menino bonito: e das maneirinhas e dos olhares das velhas exhalava-se uma admiração por elle que fazia ao desenvolvimento da paixão d'Amelia uma atmosphera favoravel. D. Maria da Assumpção dizia-lhe ás vezes ao ouvido: Olha para elle!
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