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Atualizado: 31 de maio de 2025
De repente, a desconhecida, estendendo os olhos pelo horizonte, deu um salto e bateu as mãos. Vamiré, seguindo-lhe a direcção do olhar, viu, contrariado, aproximar-se, correndo, um grupo de homens, enquanto ela, com um gesto, um tanto travesso, fazia sinal ao nómada para que fugisse.
Empenhou todas as suas forças num impulso supremo, e abeirou-se rapidamente da ilha. Mas ao mesmo tempo chegavam os outros ao rio. Naquele momento, foi enorme a inquietação de Vamiré: um dos asiáticos, pondo a mão em pala sobre a testa, parecia olhar na direcção dos fugitivos.
Depois, no momento da partida, a velho chefe, lançando um olhar em roda, bradou: Vamiré! Então, no portal das grutas, apareceu o moço que vencera o espeleu. Hesitou entre o desejo de prosseguir na preparação da manta que talhara na pele do monstro e que começara na véspera, e o desejo da caça. Decidiu-o a mocidade, a atracção dos vales rejuvenescidos, as exclamações dos seus companheiros.
Vamiré retomou a dianteira que levara, e pareceu então evidente que os outros, e não ele, cansariam primeiro. Demais, os perseguidores, que até então corriam juntos, começaram a desunir-se, e três ou quatro apresentavam-se muito fatigados para prosseguir.
As coisas pareciam emergir em bruma pardacenta, meio-transparente; apenas, da outra banda do rio, se avistava a orla negra da floresta, entre as águas e o céu. Vamiré ergueu-se. Sentia extraordinário entorpecimento, que o convidava ao sono. Teve pressa de achar o fundeadoiro, e calculou a distância da margem.
Vamiré, espantado, baldadamente procurava uma causa simples daquela extraordinária fuga: incêndio, emigração... Interrompia o remar, e
Por muito tempo, e enquanto a débil canoa se afastava, entre o raizame das margens deixou-se ver imóvel uma face atenta; e uma admiração pânica e uma impressão mista e selvática como as sarças marginais, vagueavam no cérebro do homem inferior, no crânio moroso do homem das árvores. Contra-anúncio Mais alguns dias, e sempre a floresta! Vamiré começou a duvidar de que ela terminasse.
Graças ao cortinado das árvores, Vamiré tinha a vantagem de que eles não descobririam prontamente a canoa, ao passo que ele, próximo dessas árvores, cujos intervalos lhe serviam de observatório, estava em posição de lhes seguir os movimentos pela planície inclinada que levava ao rio.
Ela voltava a cabeça, ofendida por aquele sorriso e por aquele grito. O caçador sentou-a, e ficaram em silêncio por minutos. A respiração de Vamiré, rouca e desagradável pouco antes, foi-se regularizando; o peito arquejava-lhe mais rítmico. O nómada murmurou então algumas palavras. Ela abriu os olhos, e o seu olhar encontrou o dele. O olhar de Vamiré era sereno e terno.
Vamiré, acompanhando a margem, por onde a corrente era mais branda, pôs-se a navegar rio acima, lentamente. Era deliciosa a hora, os raios do sol oblíquos, e toda a natureza rejuvenescia nas estepes. Árvores mais numerosas anunciavam a proximidade da floresta, e Vamiré esperava chegar lá, antes que o sol estivesse a meio caminho do zénite.
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