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Vou fazer, por teu amor, o sacrificio da humildade. Mas agora é preciso que vás. Se teu pae morre, tens de soffrer remorsos, e remorsos que hão de assaltar-te os dias todos da vida, embora os goses com o homem que amas. Com tempo, serás esposa d'elle; mas faz muito pelo seres com a consciencia tranquilla.

Eu sou o teu Espectro, á mesa, ou no teu leito!... Eu sou o que te sondo os mais occultos passos. Onde quer que tu estás encontras os meus braços! Onde quer que tu vás vês o meu duro olhar! Eu fui teu companheiro. Andei a revoltar, e a revolver comtigo o lodo das paixões!

Mais longe inda tu vás, por outras flôres... Girar, talvez, Em quanto a minha sombra, meus amores! Gira a meus pés! E vens-me vêr depois, mas vaes-te embora, Sabendo, assim, Que em lagrimas me encontra sempre a aurora! Pobre de mim! Acabem-se estas mágoas, meu thesoiro E meu amor! Cria raiz ou dá-me as azas de oiro, Celeste flôr! Coimbra.

Ella correu ainda á porta, n'uma effusão de sympathia: E olha, Theodorico, a respeito de roupa branca... Talvez te sejam necessarias mais ceroulas... Encommenda, filho, encommenda, que graças a Nossa Senhora do Rosario tenho posses, e quero que vás com decencia e te apresentes bem na sepulturasinha de Deus!...

O orgulho offendido, o desejo de vingança, a compaixão pelas desgraças da patria, os remorsos dos erros commettidos, as vãs esperanças, emfim, que nunca abandonam o desgraçado, rebatiam-se, travavam-se, recuavam, succediam-se consumindo-lhe o coração.

Peço-te que evites esses defeitos. Pela minha parte, prometto-lh'o, senhor. Não vás tambem caír no excesso contrario, sirva-te de guia a tua intelligencia.

Então não quero que vás accudiu ella que tu não podes ir á tua custa... N'este comenos, Theodora escuta muito attenta um rumor de campainhas, e brada:

Que feneça a herva prata no val Que me importa! e qual é meu grande mal Que morra o cedro, e a planta s'estiole!... Mas tu, meu bem! mais bella que a herva prata Banhada pelo orvalho transparente... Não quero que te vás de mim, ingrata, Nem teu olhar, nem teu sorrir doente!

Se te apartas por não ouvir meu rôgo, Onde estiveres te hei d'importunar: Postoque vás por ágoa, ferro, ou fogo, Comtigo em toda parte m'has d'achar; Que o fogo em que ardo, e a ágoa em que m'affogo, Emquanto eu vivo for, hão de durar; Pois o , que m'enlaça, he de tal sorte, Que não se ha de soltar em vida, ou morte.

E pondo na cobiça freio duro, E na ambição tambem que indignamente Tomais mil vezes; e no torpe escuro Vicio da tyrania infame, e urgente: Porque essas honras vãs, e esse ouro puro, Verdadeiro valor não dão á gente: Melhor he merece-los sem os ter, Que possui-los sem os merecer. Camões.

Palavra Do Dia

imperceptivel

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