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Atualizado: 28 de julho de 2025
Tremia todo unido contra o meu, Como uma ave, seu braço palpitante; E era vago, qual musica distante, O azul nocturno mistico do Ceu. De vez em quando unia contra a minha A sua mão mais branca que um cyrio, E como um casto amante uma rainha Seguia atraz do seu vestido um lyrio.
Alli foram de todo desatadas As prisões, que a teu corpo o siso unia; Alli tuas idéas perturbadas; Sómente em ti ficou triste mania De maus versos fazer, de argumentar Com quantos ha, nas praças, noite, e dia. Não deixa a gente já de murmurar D'essa tremenda furia que te agita, D'esse teu furioso e vão fallar.
Anhélito nenhum se unia ás vozes Que lhe escapavão dos immotos labios; Do quieto coração nenhum palpite Lhe sublevava o seio; nada havia Que a rigida attenção interrompesse D'aquelles olhos estacados, fixos.
Via-se que os não unia nem communhão de idéas ou de sentimentos e tradições, nem até um mesmo systema ou methodo de execução: não formavam uma escóla: unia-os apenas um principio, que manifestamente haviam adoptado por influencia de Th. Gautier e de Banville, o de que poesia sem arte não é poesia; não tem outro valor senão o dos pensamentos que contém: é prosa.
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