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Atualizado: 12 de julho de 2025
De noite não podia dormir, erguia-se e ia contemplar o retrato da querida defunta, pendente d'uma das paredes da sua habitação. Quando olhava para essa figurinha tão graciosa, de olhar tão singello e tão suave, o seu coração estremecia com as recordações do passado, e grossas lagrimas cahiam dos seus olhos e rolavam sobre o seu rosto varonil de tribuno popular e de poeta.
Ha poucos dias ainda um deputado proferiu em pleno parlamento a seguinte pbrase: A camara aguarda as determinações do governo. Este eloquente e arrojado tribuno do povo fallou bem. Multa in paucis. Toda a philosophia da representação nacional portugueza no presente momento historico se encerra n'essa synthese sublime e immorredoura: «A camara aguarda as determinações do governo.»
Ninguem se atrevia a pôr em duvida a valentia do tribuno militar, que fôra á Hespanha com a missão especial de combater e submetter os Celtiberos; mas, sendo conhecida no mundo a gloria do Senado, que, vae para quatro seculos, dirige com um tino incomparavel as guerras de incorporação dos povos barbaros, como poderá consentir que no exercicio d'essa missão civilisadora lhe infamem a inviolavel auctoridade?
O retrato foi feito por mão de mestre. Um episodio o demonstra. Um dia, o povo de Paris, como fera escapada da jaula do domador, pedia, defronte do palacio de Bourbon, a cabeça de Lamartine, o idolo da vespera. A cabeça de Lamartine! ella aqui está exclamou o tribuno, assomando a uma das janellas, na sua figura erecta e principesca, com a sua sobrecasaca abotoada.
O Tribuno fallou á multidão, com nitidez e segurança: Sabeis que ao Senado, como corpo dirigente da Republica, pertencem os poderes sobre o Culto, sobre a administração das riquezas do Estado e principalmente a administração das Provincias.
Depois de se ter calado o Tribuno, appresentou-se diante do povo, que enchia o Forum, o advogado Fulvio Nobilior, conhecido pela sua extrema argucia, por um espirito sarcastico, que chegava a tocar as raias do cynismo.
Os homens só são grandes e só poderão chamar-se heroes, quando vivem para os seus semelhantes, quando os seus corações pulsam e vibram com o coração do povo, n'um mesmo ideal e n'uma mesma aspiração! Os heroes Serão, porém, admissiveis os heroes? O proprio tribuno, no seu famoso discurso da Charles et George, illuminado pelo mais ardente patriotismo, repudia-os com aversão.
Comprehendia-o o tribuno, e com a sua sorte se resignava; porque elle tambem declarava bem alto, na presença dos representantes da nação, que «não estava disposto em nome de palavras, em nome de tradições, a applicar o seu fraco talento e a sua saúde a revoluções sem substancia, a ministerios sem principios e a coalisões sem necessidade. Não estava para isso.
Era, talvez, o tribuno predilecto de Lisboa. Intrepido, claro, e simples sem vulgaridade, era o mais candido dos filhos dos homens. Lá estava Moura, o primeiro orador português das Côrtes, que não tardará a travar com Antonio Carlos, Villela Barbosa e Lima Coutinho combates de titans. Attrahia, porém, os olhares dos espectadores Fernandes Thomaz. Já se formava a lenda ácerca do grande varão.
Querendo apenas ser generoso, exaltado na admiração do valor alheio, fez justiça á sua propria vida. Tenhamos em lembrança a affirmação do tribuno: «Os caracteres superiores e os superiores talentos são aquelles que teem tanta perspicacia para conhecer a verdade como força para propugnar por ella».
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