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Atualizado: 21 de maio de 2025
E assim blasfemando, retrocederia na encosta do sofrimento e da amargura, para já lá no fundo, voltar a subil-a novamente, a cruz nos hombros, com maior fé e maior ancia. O seu poema é a historia da escalada tragica do seu calvario.
«Para qualquer lado que o nosso olhar se dirija, escreve um revoltado, o radical Sebastião Faure, não se encontra senão dôr... O sofrimento está em toda a parte, visita o castélo assim como a cabâna, mas apresenta-se sob aspectos que se transformam constantemente, e, atravéz de incessantes migrações, metamorfosêa-se até ao infinito.
Cambaleando, os olhos sêcos, a alma vazia, sem a sensação dolorosa da pena, como se a tivessem magnetisado para a furtarem ao sofrimento, apenas uma necessidade material a impulsionava. Tinha sôno havia tantas noites que não dormia!
E sob a influência de impressões opostas, observava a incoerência das suas sensações que umas vezes lhe tornavam apetecida aquela beleza que ia morrendo como uma rosa cortada e outras o forçavam a uma grande violência sôbre si próprio, para a não repelir brutalmente, aos empurrões, causar-lhe sofrimento, obrigá-la a chorar.
De repente André viu-o empalidecer e vacilar; mas não tardou que o desconhecido cobrasse animo e mil impressões rápidas transpareceram sucessivamente no seu rosto extraordinário. Foram elas: a raiva concentrada, um sofrimento agudo, o cinismo descarado, e um embaraço tímido. Passou a mão curta e cabeluda sobre os seus olhos, deslumbrados, mais ainda pela atracção dos comestíveis do que pelas luzes. Depois estudou, uma a uma, com angustiosa atenção as figuras que o rodeavam inclinadas para a vidraça. Por fim franziram-se-lhe os lábios num amargo sorriso, e o seu olhar tornou-se carregado. Tirou lentamente o chapéu, e soltando um suspiro, enxugou o crânio calvo, onde brilhavam grossas bagas de suor. Foi então que descobriu André Sauvain, o qual, parado a pouca distância, o observava com crescente interesse. Vendo-se espiado, o velho franziu as negras sobrancelhas, e fugitivo rubor lhe coloriu o pergaminho das faces; com um gesto indiferente e irónico, tornou a pôr o chapéu no alto da cabeça, e balanceando-se
Voltei a não estudar, e peor do que nunca tolerava as repreensões, conselhos e imposições da inevitavel estrangeira. Com o sofrimento voltava-me a revolta; e, como com os meus dezeseis anos já raciocinava mais, via melhor as coisas, compreendia que meus pais não me tinham abandonado... Sim... eu confesso que me tornei alguma coisa dificil de aturar.
Nos meus Ensaios Espirituaes, ainda ineditos, eu exprimo inumeras vezes a mesma ideia. Quer vêr? Destaco uma pagina: «Só a dor infinita produz o amor absoluto. Deus, amor absoluto, sustenta-se do sofrimento do universo.
V. Ex.^a não sabe, então, que as criaturas que se recolhem, que se isolam, que se concentram, são precisamente as felizes? As felizes? Certamente! Só a felicidade é egoísta, concentrada, e não gosta de revelar o seu gôzo interior. O sofrimento, pelo contrário, precisa das multidões, das testemunhas, para dilatar-se. Paradoxos... Não, minha senhora.
Mas, quando o seu scepticismo era mais devastador, o exemplo da união feliz de Júlia e de Nuno surgia-lhe como a imagem tangível dêsse amor de que duvidava. Então, para explicar a contradição que lhe exacerbava o sofrimento, construía teorias originais.
Esses cabellos louros e escolhidos, Que o ser ao aureo sol estão tirando; Esse ar immenso, adonde naufragando Estão continuamente os meus sentidos; Esses furtados olhos tão fingidos Que minha vida e morte estão causando; Essa divina graça, que em fallando Finge os meus pensamentos não ser cridos; Esse compasso certo, essa medida Que faz dobrar no corpo a gentileza; A divindade em terra, tão subida; Mostrem ja piedade, e não crueza, Que são laços que Amor tece na vida, Sendo em mi sofrimento, em vós dureza.
Palavra Do Dia
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