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Atualizado: 22 de maio de 2025
N'um jantar de carnes e gorduras A graça vegetal das sobremesas!... Jack, marujo inglez, tu tens razão Quando, ancorando em portos como os nossos, As laranjas com cascas e caróços Comes com bestial soffreguidão!... A impressão d'outros tempos, sempre viva, Dá estremeções no meu passado morto, E inda viajo, muita vez, absorto, Pelas varzeas da minha retentiva.
Em outra vitrine está a exposição das pratas: os centros de mesa representando palmeiras, á sombra das quaes se empinam cavallos em pello, que deverão parecer relinchar de amor no meio das sobremesas, entre as frutas empilhadas geometricamente em pyramide sobre taças de filigrana e os gelados transparentes impregnados de luz, tremulos, côr de topasio; as bacias de mãos, de desenhos bysantinos repoussés; os jarros de forma etrusca; os assucareiros graves e concentrados como vasos de particulas sagradas; e os grossos bules barrigudos e polidos, nos quaes se espelham os rostos em caricatura monstruosa, com bochechas obscenas, narizes que incham como focinhos de vitela e bocas que riem até as nucas.
Mas a cada momento parava, dava um ai triste, ficava a olhar em redor o quarto, a cama fôfa, a mesa com a sua toalha branca, a larga cadeira forrada de chita onde elle lia o Breviario, ouvindo, por cima, cantarolar Amelia. Nunca mais! pensava. Nunca mais! Adeus as boas manhãs passadas ao pé d'ella, vendo-a costurar! Adeus as alegres sobremesas, que se prolongavam á luz do candieiro!
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