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Eu direi a v. ex.^a qual eloquencia considero necessaria n'esta casa da nação: é a eloquencia que a nação entenda. A arte de bem fallar, ars béne dicendi, é o estudo da clareza no exprimir a idéa. Os affectos, as galas da linguagem, que lhe tolhem o mostrar-se e dar-se a conhecer dos rudos, não é arte, é tramoya, não é luz, é escuridade.

Os caſos vi que os rudos marinheiros Que tem por meſtra a longa experiencia, Contão por certos ſempre & verdadeiros Iulgando as couſas ſo polla aparencia. E que os que tem juizos mais inteiros Que ſo por puro engenho & por ciencia, Vem do mundo, os ſegredos eſcondidos Iulgão por falſos, ou mal entendidos.

17 "Os casos vi que os rudos marinheiros, Que têm por mestra a longa experiência, Contam por certos sempre e verdadeiros, Julgando as cousas pela aparência, E que os que têm juízos mais inteiros, Que por puro engenho e por ciência, Vêem do mundo os segredos escondidos, Julgam por falsos, ou mal entendidos.

D. Estevam da Gama foi ninguem; e Martim Affonso de Souza prégou com o exemplo, francamente cynico, a abjecção em que a administração da India se tornára agora que terminára o saque de todas as costas, e as náus de Meka, mais raras e artilhadas e preparadas para rudos combates, não davam com que satisfazer a cubiça dos occupantes.

E como o forte sentir produz o forte e elevado pensar, algumas vezes se eleva, assim na sentença como na dicção, até tocar as raias prescriptas a esta especie de poesia, mas não as transcende nunca; nem as figuras e imagens de que se serve, as estranha o estilo bucolico; e muito mais n'uma lingua, em que essas mesmas imagens e figuras de tal sorte estão recebidas, que até os mais rudos camponezes rara vez se exprimem sem ellas.

Mas o nosso Poeta foi n'esse ponto mais feliz que nenhum outro, porque navegou e viajou muito, e de si podia dizer o que poz na bôca do Gama: Os casos vi, que os rudos marinheiros, Que tem por mestra a longa experiencia, Contam por certos sempre e verdadeiros, Julgando as cousas pela apparencia; E que os que tem juizos mais inteiros, Que por puro engenho e por sciencia Vêm do mundo os segredos escondidos, Julgam por falsos ou mal entendidos.

E vos ô poderoſo por paſtoras Muytas vezes ferido o peyto vedes, E por bayxos, & rudos vos ſenhoras Tambem vos tomão nas Vulcanias redes, Hũs eſperando andais nocturnas horas, Outros ſubis telhados & paredes, Mas eu creyo que deſte amor indino, He mais culpa a da mãy, que a da minino.

E se meus rudos versos podem tanto, Que possão prometter-te longa historia De aquelle amor tão puro e verdadeiro; Celebrada serás sempre em meu canto: Porque em quanto no mundo houver memoria, Será a minha escriptura o teu letreiro. Aquella triste e leda madrugada, Cheia toda de mágoa e de piedade, Em quanto houver no mundo saudade Quero que seja sempre celebrada.

38 "Ali, Cafres selvagens poderão O que destros imigos não puderam; E rudos paus tostados sós farão O que arcos e pelouros não fizeram. Ocultos os juízos de Deus são; As gentes vãs, que não nos entenderam, Chamam-lhe fado mau, fortuna escura, Sendo providência de Deus pura.

Por iſſo & não por falta de Natura Não ha tambem Virgilios nem Homeros, Nem auerâ ſe eſte coſtume dura Pios Eneas, nem Achiles feros: Mas o pior de tudo he que a ventura Tão aſperos os fez, & tão Austeros, Tão rudos, & de ingenho tão remiſſo Que a muitos lhe pouco, ou nada diſſo.

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