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Atualizado: 20 de maio de 2025


Mas na boca pairava-lhe a terna brandura com que a mãe outrora se resignava aos beijos roubados por infindaveis legiões de primos. Afogueada pela pressa com que viera, Maria falou a João, e sentaram-se todos, encruzados, na relva, a comerem maçãs e marmelos assados no forno, trespassados de assucar, que ella trouxera no regaço.

O riso pairava-lhe porém, nos labios, quando na presença de amigos, descobrindo-lhe duas fileiras de alvissimos e bem dispostos dentes, d'esses que os excessos e absurdos culinarios ainda não deterioraram. Esta, pela sua parte, mal o reconheceu, correu a lançar-se-lhe nos braços.

Pairava-lhe no labio o riso fulminante Com que outr'ora gravou nas crenças virginaes, Como n'um rico espelho a aresta d'um diamante, Tamanhas abjecções, sarcasmos tão brutaes. Mas era ao mesmo tempo o riso heroico e bom Que os tiranos prostrava em misero desmaio, Riso a que succedeu o verbo de Danton, Como a um trovão succede o lampejar d'um raio. Dormira febrilmente um longo somno inquieto Em quanto andava o mundo a executar-lhe os planos, E vinha ver emfim, diabolico architeto, O estado da sua obra ao cabo de cem annos, Ó satiro divino, ò monstro da ironia, Genio que Deus conduz e Satanaz impelle, Que esmagas hoje o infame, e escreves no outro dia Com a tinta do enxurro os versos da Pucelle; Tu és feito de luz e feito de baixesas, Feito de heroicidade e de protervias más; Corromperam-te a alma os braços das duquezas E encarguilhou-te a face o rir de Satanaz. Rasgas ao mundo novo a estrada do futuro Cantando ao mesmo tempo o sordido deboche:

Palavra Do Dia

destruir-lhe

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