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Atualizado: 6 de outubro de 2025
Henrique de Souzellas os respeitos que me são devidos, tinha ainda na minha familia defensores legitimos e não seria por isso obrigada a recorrer á protecção de um estranho. Meus senhores... E, inclinando-se senhorilmente, a morgadinha passou por entre elles e entrou para a quinta, sem que nenhum a procurasse reter.
Antes, porém, de responder-lhe, a morgadinha seguiu com ardor a leitura até o fim. Henrique continuava a observal-a e cada vez mais evidentes descobria n'ella os signaes de uma funda agitação. Ao findar a leitura, passou a mão pela fronte como para desviar uma ideia amarga. Por amor de Deus, prima Magdalena, que diz essa carta, para assim a perturbar? perguntou Henrique, já assustado tambem.
Agora estava experimentando certa curiosidade e tambem receio de saber como seria recebido pela morgadinha, e que posição deveria tomar na presença d'ella. Formava a este respeito varias conjecturas, sem se fixar em nenhuma. D'estas cogitações veio por fim arrancal-o o toque da campainha annunciando o almoço. Vamos, disse Henrique preparemo-nos para o primeiro embate.
Magdalena, que se sentia, ella propria, um pouco impressionada por este espectaculo de desolação, voltou os olhos para Christina. Viu-a trémula, pallida, com as faces banhadas em lagrimas, tendo no gesto todos os signaes de um intenso pavor. Assustada com o estado da prima, a morgadinha fez notal-o a Henrique, e tacitamente lhe communicou as apprehensões que sentia.
Houve um instante de silencio, no fim do qual Christina perguntou, olhando pela primeira vez fita para Magdalena: Ora dize-me, Lena, qual será a razão pela qual eu não devo acreditar que esses pensamentos te occorreram, porque era o teu destino, e não o meu, que vias dependente do estudo que fazias? A morgadinha fixou na prima um olhar triste e cheio de amargas recriminações.
Com aquella ausencia de escrupulos, com que todos os dias caracteres, aliás não pervertidos, levianamente calumniam ou ferem de suspeitas reputações de todo o genero, elle fazia irreverentes allusões á morgadinha e zombava de Henrique, que ainda tomava a sério as isenções de uma rapariga de vinte e tres annos.
Apuremos a vista para n'um relance julgar do estado das coisas, e por elle regular o meu plano de tactica. E depois de uma rapida consulta ao toucador, desceu para a sala do almoço. Já alli encontrou reunida toda a familia do Mosteiro, e a morgadinha presidindo á mesa e preparando o chá. Todos saudaram Henrique, e a um tempo se informaram da maneira por que elle tinha passado a noite.
Mas elle não vem ao Mosteiro ha muitos annos, primo. Não digo que fôsse elle, minha senhora disse Henrique, cujo embaraço augmentava, sentindo que a morgadinha o fitava com um olhar penetrante, como se lhe estivesse lendo o pensamento. Então? insistia D. Victoria.
De tudo isto é natural concluir que Henrique de Souzellas podia sympathisar com a candida figura de Christina, a qual baixava timidamente os olhos deante d'elle, córando cheia de enleio e confusão, mas que qualquer sentimento que ella lhe inspirasse, não conseguiria por muito tempo desviar-lhe o sentido dos encantos mais attrahentes da morgadinha que a muitos respeitos, menos na bondade de coração, formava contraste completo com sua prima.
Affonso de Teive estudava, ha hoje vinte annos, em Braga, os elementos preparatorios para o curso universitario, quando viu Theodora, conhecida pela morgadinha da Fervença. Era ella então menina de quatorze annos. Affonso tinha dezesete.
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