Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 11 de junho de 2025
Reconheceu-o José Estevão, em 1840, claramente, quando, no primeiro discurso do Porto Pireu, fallou da «França que sempre aqui se nos inculca por modelo»; e lembrava que «a esse grande arsenal da legislação franceza vão de continuo os nossos estadistas buscar os exemplos e as theorias governamentaes». E, poucos dias depois, no segundo discurso do Porto Pireu, respondendo a Almeida Garrett, insistia na influencia da França sobre o pensamento e proceder dos nossos homens publicos. «Estão no Pireu», disse, «os que no seculo XVIII mandam vir de França por atacado quintaes e quintaes de discursos do abbade Maury e d'outros e que, ensopando estas insossas comidas com molho de Guizot e Rover-Collard, expõem á venda como eguaria exquisita a chanfana da soberania da razão, da supremacia legal das capacidades, julgando que a grosseira cosinha doutrinaria, que com seus pasteis tanto tem arruinado a saúde dos povos e reis, ainda póde satisfazer o delicado paladar das nações, acostumadas aos apetitosos guisados da soberania popular, da igualdade e da justiça.»
Não é traduzindo os velhos poetas sensualistas da Grecia e de Roma; requentando fabulas insossas diluidas em milhares de versos semsabores; não é com idyllios grotescos sem expressão nem originalidade, com allusões mythologicas que já faziam bocejar nossos avós; com phrases e sentimentos postiços de academico e rhetorico; com visualidades infantis e puerilidades vãs; com prosas imitadas das algaravias mysticas de frades estonteados; com banalidades; com ninharias; não é, sobre tudo, lisongeando o máo gosto e as pessimas idêas das maiorias, indo atrás d'ellas, tomando por guia a ignorancia e a vulgaridade, que se hão de produzir as ideias, as sciencias, as crenças, os sentimentos de que a humanidade contemporanea precisa para se reformar como uma fogueira a que a lenha vai faltando.
Palavra Do Dia
Outros Procurando