United States or Botswana ? Vote for the TOP Country of the Week !


São ellas! as vizões dos meus dias felizes, Meus sonhos virginaes, as minhas illusões, Que a seiva dão agora aos vermes e ás raizes, Que em pasto dão seu corpo a novos corações! São as sombras que amei, divinas, castas, bellas; As chymeras gentis, os vagos ideaes, Que de rozas cingi, que illuminei d'estrellas, E que não podem da terra erguer-se mais!

Feita ésta declaração solemne, procedamos. E quanto a ti, leitor benevolo, a quem so desejo dar satisfação, a ti, se ainda te cansas com essas chymeras, dou-te de conselho que voltes a pagina obnoxia, porque essas reflexões do último capítulo são tam deslocadas no meu livro como tudo o mais n'este mundo. Dorme pois, e não despertes do bello-ideal da tua logica.

Pois que visões! não cessa a rapida corrida E seja noite ou dia, Volteadoras crueis! vós sempre a toda a brida Na minha phantasia! Parti chymeras vãs! archanjos ou madonnas, Parti, que o mando eu, Como um bando fatal de velhas amasonas Que o circo aborreceu! Levae tudo comvosco: as settas mais a aljava; O angelico sorriso; E as azas d'escumilha em que eu voava Á noite, ao paraiso!

O que de trarás, do paiz das chymeras azues e das miragens enganosas, é uma sêde de ideal ainda mais ardente, é o tedio da vida ainda mais profundo e mais penetrante; é uma chaga aberta que em longos annos de renunciamento e de velhice tu poderás sarar, mas cuja cicatriz, eternamente asquerosa, desformizará, para sempre, a formosura ideal do teu genio sublime! »

Quatorze luas foram passadas, Desde que eu a perdi e ao seu amor; Meu coração tem ainda as janellas fechadas, Ainda vestem de lucto os meus criados, Senhor. O POVO Chymeras tombadas! Chymeras tombadas! A sorte deu-me cabellos pretos Ai não precizo de os enluctar. «Mas olhe as brancas... meu senhor» O branco é lucto, podes, Ama, descançar!

Que desinteressada homenagem prestada a essa Vida, que trahiu para elle as suas promessas todas, que nem das chymeras, que a constituem e compõem, quiz fazer a chymera suprema que o illudisse e fizesse feliz!...

Se tem saudades das bellas cousas extinctas, se tem pena de não ter vindo ao mundo n'outra quadra, em que o mundo ia n'um ponto mais pittoresco ou mais interessante, mais illuminado ou mais espiritualista do seu caminhar indefinido, se sente a nostalgia dos bellos ideaes hoje desfeitos, nem por isso deixa de reconhecer que toda a vontade individual é impotente para guardar na alma da Humanidade, pensamentos que se vão fatalmente dissipando, phantasias que a experiencia repelle, sonhos de que infelizmente se acordou, radiosas chymeras que se esvairam com a hora infantil em que tinham visto a luz...

Desejo vel-a então passar d'esta maneira Depois de tal revêz, Por entre a chama azul e tenue da poncheira No fumo dos cafés. Áquelle bom paiz das pallidas chymeras, Monotonia azul; Não temam que ella no fogo das espheras Queimar o véu de tulle. Assusta-a muito o frio, a chuva, o sol dos tropicos A nuvem triste e , E pódem-lhe prender os pés tão microscopicos As nevoas da manhãa!

N'essas noutes sem luz, que visionarios Temos chymeras misticas, celestes, E scismamos nos pobres solitarios Que tiritam debaixo dos cyprestes! Que evocamos os liricos passados, As chymeras, e as horas infelizes, Os velhos casos tristes olvidados, E os mortos corações sob as raizes!

Vamos, D. Magdalena de Vilhena, lembrae-vos de quem sois e de quem vindes, senhora... e não me tires, querida mulher, com vans chymeras de crianças, a tranquillidade do espirito e a fôrça do coração, que as preciso inteiras n'esta hora. *Magdalena*. Pois que vais tu fazer?

Palavra Do Dia

savent

Outros Procurando