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Atualizado: 17 de junho de 2025
Uns apreçavam a fruta, Outros tiram da algibeira Ás mancheias os tostões, Aos alqueires as moedas. Mas Luiza, mui de espaço, Levantando a voz tão bella, De quando em quando repete: «Eu já tenho camoezas.»
Um dia, a justiça, perseguindo Narcisa pelo roubo de uma coberta de fêlpo, soube que a Neves a mandara vender. A ordem de captura involveu-a como receptadora de roubos. Invadiram-lhe judicialmente a casa, e encontraram, para maior prova do crime, um açafate de maçãs camoezas, dois calondros e algumas batatas que Narcisa recolhera, de colheita aliás suspeitosa, nas lojas da casa da sua protectora.
Entre estas, houve uma vendilhona de maçãs camoezas que não foi das menos amadas e menos esquivas. Se os poetas modernos querem ajuizar do lyrismo plebeu d'este seu bisavô, aqui teem uma das cançonetas dedicadas á saloia das camoezas, e cantada pelos cytharedos d'aquelle tempo: Para a feira vai Luiza Co seu balaio á cabeça Todo enramado de louro E cheio de camoezas.
Leva saia de jilezia, Tambem jubão branco leva, Que serve o jubão de branco D'onde Amor atira as flechas. Sobre os dedos, pendurados Leva seus punhos de renda, Tão valentona caminha Que treme o bairro de vêl-a. Lá no meio do Rocio Levanta a voz mui serena Como se aprendera solfa: «Eu já tenho camoezas.»
Hoje em dia, por acerto haverá ahi poetastro a quem pareçam, sequer toleraveis, estas linhas toadas, sem faisca de ideal, sem realismo, sem as satanisações modernas; no entanto, o coração entende-se melhor n'aquelles poetas que, em vez de se evolarem á poeira luminosa da via-lactea, andavam alli pelo Rocio amoriscados de fruteiras de camoezas.
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