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Atualizado: 26 de maio de 2025
Foi para o espirito preoccupado do rapazinho uma verdadeira consolação; mas esta mesma consolação permittiu-lhe pensar mais em um outro genero de miseria, mais grave que os outros e cem vezes mais ameaçador. O que era? A criança bocejava a cada instante; não era o somno que causava estes bocejos repetidos.
Que trabalho tinha Adão no paraizo? E não lhe chamam os livros sagrados um logar de delicias? Amassar o pão com o suor do rosto, olhem que titulo de nobreza! Estes modernismos! Mas é a cantiga da moda. O trabalho ennobrece, o trabalho consola, o trabalho é uma coisa muito appetitosa... Será, será, mas eu, por mim, se pudesse deixar de trabalhar... Ah! ah! ah. Aqui bocejava o egresso.
Eram jazigos de gente da cidade; elle conhecia de vista as pessoas da familia; vira-as então lavadas em lagrimas, e agora passeavam em rancho pela Alameda ou chalaceavam ao balcão das lojas... Voltava para casa mais triste, e a sua longa noite começava, infindavel. Tentava lêr; mas ao fim das dez primeiras linhas bocejava de tedio e de fadiga. Ás vezes escrevia ao conego.
E era êste bocejo, perpétuo e vago, que nos inquietava a nós, seus amigos e filósofos. ¿Que faltava a êste homem excelente? Êle tinha a sua inabalável saúde de pinheiro bravo, crescido nas dunas; uma luz da inteligência, própria a tudo alumiar, firme e clara sem tremor ou morrão; quarenta magníficos contos de renda; todas as simpatias duma cidade chasqueadora e scéptica; uma vida varrida de sombras, mais liberta e lisa do que um céu de verão... E todavia bocejava constantemente, palpava na face, com os dedos finos, a palidez e as rugas. Aos trinta anos Jacinto corcovava, como sob um fardo injusto! E pela morosidade desconsolada de toda a sua acção parecia ligado, desde os dedos até
Era então que se punha a andar pelas ruas até tarde; ás vezes voltava ainda vêr as janellas fechadas da casa d'ella; ia depois á alameda ao pé do rio, mas o frio ramalhar das arvores sobre a agua negra entristecia-o mais; vinha então ao bilhar, olhava um momento os parceiros carambolando, o marcador, muito esguedelhado, que bocejava encostado ao reste. Um cheiro de mau petroleo suffocava.
Emquanto Anselmo repetia, vibrante de entusiasmo: «O dinheiro dos amigos ou as joias das amantes»! Refere-se á mulher do notário... Genial! genial! Rimos depois muito, com aplausos efusivos ao jornalista e censuras ao procedimento do Souto, que fôra indecente. A conversa decaíu. Anselmo bocejava. Eu peguei num jornal, percorri-o com a vista, distraído. Então sempre vai amanhã? perguntou-me.
Tudo lhe causava fastio. Bocejava em S. Carlos, bocejava nas camaras, bocejava no Gremio, bocejava no Suisso, no Chiado e nos circulos dos seus amigos, os quaes principiaram tambem a achal-o insupportavel de insipidez; porque poucas coisas ha que mais perturbem o espirito, do que o espectaculo d'um homem que boceja ou dorme, onde e quando os outros forcejam por divertir-se.
O justo Hanan interrogára o Rabbi, que emmudecera, n'um silencio ultrajante. Era essa a maneira de responder ao sabio, ao puro, ao piedoso Hanan? Por isso um zeloso, sem se conter, atirára a mão violenta á face do Rabbi... Onde estava o respeito dos antigos tempos, e a veneração do Pontificado? A sua voz cava e larga rolava, infindavelmente. Eu, cansado, bocejava.
Sá-Tó, agora quero o repouso, o silencio, e um charuto caro... Elle curvou-se: e, por uma escadaria de granito, levou-me ás altas muralhas da cidade, formando uma esplanada que quatro carros de guerra a par podem percorrer durante leguas. E emquanto Sá-Tó, sentado n'um vão d'ameia, bocejava n'um desafôgo de cicerone enfastiado, eu fumando contemplei muito tempo aos meus pés a vasta Pekin...
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