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Atualizado: 11 de junho de 2025


Seguia interessadamente o Silveira, por entre as volutas quiméricas do fumo do charuto, o exame desta esquiva e singular figura, quando, todo sorridente e afável, se aproximou dêle o marquês: «que perdoasse, se acaso o vinha molestar... mas queria apresentar-lhe um compatriota assaz distinto, fidalgo tambêm, como êle... não tanto... e como êle arruìnado». Amávelmente o Silveira acedeu, e daí a instantes sentia o efusivo apêrto de mão do conde Améglio di Paoli, espécie de emérito charlatão internacional, vivo, matreiro, na larga face a inalterável palidez dos cínicos, farta cabeleira negra, a mirada penetrante e fugaz, os gestos abundantes. «Duros golpes da fortuna, dizia, o haviam constrangido a demandar a América para ver se conseguia colocar meia dúzia das melhores telas da sua esplêndida galeria.

O Silveira atirou-se de golpe, apreensivo, sonhador, para o fôfo recanto do taxi que haviam tomado, e enquanto faziam o caminho de Palermo, poucas palavras trocou com o amigo. Ia alheadamente escrutando os indecisos aspectos morais da sua situação. Repugnava-lhe aquela fria subalternisação, aquele anonimato estéril do presente; vinham vagamente acariciar-lhe a fantasia miragens promissoras do futuro. A coisa afinal estava bem clara: essa ideal Irene aparecia-lhe uma criatura inabordável... a amizade desbordante dos Améglio não passava do verniz caviloso duma descarada exploração. E dos mais... disse! Nem conhecimentos, nem apetites. Que demónio fazia êle então com tal gente, ali assim?... Seria perder o seu rico tempo. Pouco menos que um achincalho. Soberanamente ridículo... Não era p'r'o seu feitio! Assim, quando os três, noite feita, regressaram do Hipódromo, estava justo que o Silveira acompanharia Jorge

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